Edson  e  Lenir – Igreja Batista Bíblica de de Flores – Uma Igreja de Poder !!! – MANAUS – AM

Deuteronômio 8.2 

“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não.” 

INTRODUÇÃO:

Como é difícil, para mim, pregar sobre deserto numa era de um evangelho triunfalista, onde os crentes são praticamente super heróis, invencíveis, inatingíveis, conquistadores, prósperos e que não adoecem nunca!

Como é difícil, para mim, pregar somente a verdade vinda diretamente da boca de Jesus, que adverte: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo: Eu venci o mundo!”

Como seria mais fácil, para mim, declarar: Pare de sofrer, seja rico e que sua vitória tenha sabor de mel!

Creio, incondicionalmente, nas promessas de Deus para os seus filhos, mas recuso-me a desviar o foco do plano da salvação, da busca santificação, sem a qual ninguém verá a Deus, e do caminho da intimidade com Deus, que é o que atrai a Sua presença para nós e em nós.

O deserto é essencial para que tenhamos um encontro genuíno e profundo conosco mesmo e com Deus, produzindo uma exposição das nossas fragilidades, trazendo cura para as nossas feridas e promovendo crescimento e amadurecimento espiritual.

No deserto, o povo hebreu conquistou a sua própria e verdadeira identidade, despindo-se dos costumes, da cultura, da religião, da língua e até da gastronomia egípcia e assumindo todas as características de povo de Deus, sob a orientação do próprio Deus.

No deserto aprendemos a discernir as obras da carne na nossa vida, tendo a oportunidade da cura, para que possamos viver a vida no espírito, descrita lá em Gálatas capítulo 5.

Vamos tentar extrair lições do versículo chave desta mensagem.

PRIMEIRA PARTE:

DEUS ESTARÁ CONOSCO 

“E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o SENHOR teu Deus te guiou no deserto”.

Esta oração, que é parte do versículo 2, nos dá uma segurança enorme que é Deus que nos leva ao deserto, que é Ele que nos guia no deserto e que permanece em todo tempo ao nosso lado no deserto.

Somos tão incrédulos, volúveis e temperamentais! Pulamos, dançamos, choramos, nos alegramos no culto de domingo a noite e na primeira topada, na segunda-feira achamos que fomos abandonados por Deus, que Ele já não nos ama, que Ele já não nos ouve

SEGUNDA PARTE:

PARA TE HUMILHAR – Este humilhar não tem nenhum sentido constrangedor ou vexatório; é a didática de Deus para quebrar algumas muralhas que impedem que sejamos plenos da Sua glória, da Sua graça e de Seu Espírito.

Estas muralhas podem ser:

VAIDADE – No deserto Deus tira as nossas vaidades – As vezes esquecemos que tudo que fazemos tem que ser feito para Deus e ficamos esperando reconhecimentos humanos.

A vaidade é um sentimento inerente no ser humano que precisa ser trabalhada, diminuída ou até tirada, para que não sejamos vitimados por ela.

O Apóstolo Paulo nos ensina: Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1 Coríntios 10:31.

ORGULHO – No deserto Deus expõe o nosso orgulho – Somos orgulhosos demais para absorvermos integralmente as mensagens de Deus para nós. O sermão só serve para o irmão que está ao seu lado. Você já não precisa mais, já atingiu o ápice da vida espiritual.

Os cultos de domingo são suficientes. Você não precisa de culto de oração e nem dos cultos de estudo da palavra. Parece que você tem muito mais da presença de Deus do que o restante da congregação.

Os olhos altivos, o coração orgulhoso e a lavoura dos ímpios é pecado. Provérbios 21:4.

ARROGÂNCIA – Arrogância é o sentimento que caracteriza a falta de humildade. É comum conotar a pessoa que apresenta este sentimento como alguém que não deseja ouvir os outros, aprender algo de que não saiba ou sentir-se ao mesmo nível do seu próximo.

O arrogante não ouve conselhos, não recebe sugestões e mesmo confrontado com a palavra de Deus ele invoca para o livre arbítrio.

Para o arrogante o evangelho tem que se adaptar a ele e não ele ao evangelho.

O Arrogante é um desobediente por excelência.

MELINDRE – É uma sensibilidade excessiva, doentia e até diabólica. O melindroso é como uma ferida exposta que não pode ser tocada. Qualquer gesto, palavra ou atitude pode feri-lo mortalmente.

Ele tem uma imagem desprezível de si mesmo; ninguém o ama, ninguém o quer, ninguém está interessado em se relacionar com ele. É negativo, pessimista e invejoso. Ele não pode ser contrariado, corrigido ou aconselhado. Não cresce e não suporta o crescimento dos outros.

INCREDULIDADE – Pastor René dizia: Num confronto com Deus, renda-se logo. Que dificuldade temos em crer e em aceitar as vontades de Deus para a nossa vida! Quantas pessoas estão anos e anos na igreja sem produzir absolutamente nada e ainda estão orando, pedindo a Deus que mostre qual é o seu chamado, qual e o seu ministério? Não servem para nada. São verdadeiramente inúteis. Não são participativos, não são sociáveis.

Reclamam que não veem milagres, reclamam que o pastor não tem poder, não tem unção, mas eles são os verdadeiros responsáveis pela frieza da igreja.

E não fez ali muitas maravilhas, por causa da incredulidade deles. Mateus 13:58.

SEGUNDA PARTE –

PARA TE PROVAR – Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. 2 Timóteo 2:15

Para sermos aprovados precisamos ser provados. E se somos provados por Deus é porque Ele quer nos usar em alguma determinada função ou tarefa.

TERCEIRA PARTE –

PARA SABER O QUE ESTAVA NO TEU CORAÇÃO, SE GUARDARIAS OS SEUS MANDAMENTOS, OU NÃO.

Deus não conhece o nosso coração? Ele não sabe da nossa fidelidade ou da nossa infidelidade? Claro que sim. 

Esta prova é para gerar em nós confiança em nos mesmos. Para gerar uma convicção inabalável e para lembrarmos da ultima promessa de Jesus, que é: “Eis que estarei convosco todos os dias da sua vida, até a consumação dos séculos.”

É para podermos declarar como o Apóstolo Paulo declarou em Romanos 8:35-39.: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?

Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro.

Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.

Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,

Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

CONCLUSÃO – Eu sei que não é fácil estar no deserto. Eu sei o quanto dolorido e doloroso é o deserto. Eu não sei o que você, que está lendo agora este sermão, está passando, mas posso lhe dar uma palavra que certamente vai gostar de ouvir: Primeiro, Deus está contigo, mesmo que não vejamos ou sintamos a Sua presença. Segundo, Ele está lhe purificando, libertando e sarando. Terceiro: Você é a imagem e semelhança de Deus e Deus quer lhe restaurar para que você seja perfeito como é perfeito o vosso Pai que está no céu.