Grandes coisas…

Salmos 126:3

Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e por isso estamos alegres.

Romanos 8:18

Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

INTRODUÇÃO:

Passamos o mês de fevereiro inteiro falando sobre a glória de Deus e a parte que ficou mais gravada na nossa memória foi aquele diálogo entre Moisés e Deus, no capítulo 33, do livro de Êxodo, principalmente o versículo 18, quando Moisés pede para ver a glória de Deus.

Deus imediatamente atende o pedido de Moisés. Não foi de maneira sobrenatural. Moisés não foi arrebatado, não teve a divina revelação do céu, não foi transportado pelo Espírito a lugar algum, não caiu na unção, não disparou a falar em línguas. Deus fez passar diante de Moisés toda a Sua bondade e misericórdia.

Talvez isto não conte muito, pois o Deus da igreja, o Deus de hoje, já não é mais o Deus terrível e temível. Mas o que fica claro, nesta passagem, é a necessidade que Deus tem de que reconheçamos a Sua soberania e a Sua autoridade e principalmente o Seu projeto para a nossa vida.

A glória de Deus foi demonstrada através da Sua bondade e misericórdia.

PRIMEIRA PARTE:

Romanos 8:18 – Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

O QUE NOS IMPEDE VER A GLÓRIA DE DEUS ?

Primeiro – VISÃO DISTORCIDA SOBRE DEUS – Vivemos num choque cultural que diferencia o Deus do antigo testamento e o Deus do novo testamento.

O Deus do antigo testamento era um Deus cruel, que não tolerava a desobediência e a insubordinação. Que mandava matar homens, mulheres e até criancinhas inocentes. Que exigia o sacrifício de animais. Que fazia descer fogo sobre cidades inteiras e até enterrava vivo alguns homens.

Então, quando Moisés quis ver Sua Glória, Ele fez passar diante dele toda a sua bondade e misericórdia. Foi como revelar um íntimo segredo a Moisés. Foi para mostrar a Moisés que Ele não era somente aquele ser temível e terrível, que não poderia ser visto, sob pena de que quem O visse seria fulminado; que Ele também tinha um lado bom para oferecer.

No fundo Deus aqui faz uma declaração indireta de que quer ser amado e não temido.

Segundo – UM EVANGELHO SUPERFICIAL – Estamos vivendo a era do evangelho superficial. Os apelos sentimentais são cada vez mais constantes e covardes. As pessoas estão indo às igrejas em busca de realizações pessoais, profissionais e sentimentais. Não por culpa delas. Como o evangelho virou mercado e Jesus simplesmente uma marca, tem-se pregado em cima das necessidades mais básicas e que mais possam atrair os necessitados.

Existe uma busca muito grande, que é desviada, porque as pessoas não sabem e não conhecem a quem estão buscando; não tem a menor noção de quem é Deus e o que Ele quer para as nossas vidas.

Tem uma antiga piadinha que exemplifica muito bem o que estamos querendo falar. É assim:

– Você sabe a diferença entre um gato e um tijolo ?

-Não sabe?

– Jogue os dois na parede e o que miar é o tijolo.

Vivemos assim. Não conhecemos a Deus e nos satisfazemos com um deus que alguém, muitas vezes bem intencionado e outras vezes nem tanto, nos apresenta, sem a menor experiência própria, íntima e profunda.

Se queremos conhecer a Deus precisamos estudar a palavra de Deus, que é a Bíblia. Hoje o mercado de trabalho exige não só o conhecimento, mas também a experiência. A grande barreira que impede a força jovem de entrar no mercado de trabalho é justamente a exigência quanto a experiência.

Jó, no Capítulo 42 verso 5, diz: Antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora de contigo andar.

Terceiro – VISÃO DISTORCIDA SOBRE A LIBERDADE – Quando falamos em liberdade, o versículo que vem logo a nossa memória é: Se o filho do Homem vos libertar verdadeiramente sereis livres, de João 8:36. Mas que liberdade é esta?

No primeiro tópico deste sermão, quando falamos da nossa visão distorcida sobre Deus, quando falamos de, aparentemente, dois deuses diferentes, no antigo e no novo testamento, mostramos um Deus que temível e terrível e outro que é amor, bondade e misericórdia.

Não podemos esquecer que se trata do mesmo Deus. Não são dois deuses diferentes. Basta que lembremos de que quando foi interpelado por Moisés, que pediu para ver a sua glória, Ele fez passar diante de Moisés toda a sua bondade e misericórdia.

O que mudou do tempo de Moisés para hoje? É que a geração de Moisés trazia ainda a condenação do pecado, que culminou com a expulsão do homem do Paraíso.

A nossa geração foi beneficiada com a vinda de Jesus, o filho de Deus, que ao morrer na cruz e ressuscitar ao terceiro dia, pagou toda a dívida que era contra nós, sendo instalada a glória de Deus, na expressão da sua bondade e sua misericórdia, como está expressado em Romanos 8:1: PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Somente neste versículo existem três condições primordiais para sermos a glória de Deus:

1ª – Estar em Cristo – Precisamos viver numa unidade perfeita, como o apóstolo Paulo falou: Agora não vivo eu; Cristo vive em mim.

E aí, a primeira coisa que precisamos abandonar é o eu. O próprio Jesus, quando nos convidou a segui-lo, colocou como condição o negar a si mesmo.

2ª – Não andar segundo a carne – A uma diferença enorme entre o eu e a carne. Se para estarmos em Cristo precisamos negar o nosso eu, que se dirá da carne, que a própria Bíblia, em Romanos 8, diz que a amizade com a carne é inimizade contra Deus?

3ª – Andar segundo o Espírito – Não há nada mais gratificante na carreira do evangelho como o entendimento do que é andar segundo o Espírito. Isto nos dá o privilégio da liberdade e da escolha de querer ou não errar.

Mais uma vez apela para uma intimidade impecável, onde não só podemos sentir a presença do Espírito como também ouvir a sua voz e saber a sua vontade.

SEGUNDA PARTE:

Depois de todo este esclarecimento e uma vez seguindo corretamente os ensinamentos da palavra de Deus, que é a Bíblia, teremos a total compreensão de que o versículo de Romanos 8:18, não está se referindo ao céu, mas a um entendimento perfeito da vontade de Deus para a nossa vida e a manifestação da Sua glória em nós, como deixa muito claro o versículo 18: Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.

Assim como a revelação da glória de Deus a Moisés, que é toda a Sua bondade e misericórdia, a glória de Deus já nos foi revelada, em Cristo Jesus, como está em Efésios 1:3: Efésios 1:3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.

Desta forma podemos claramente saber quais são estas grandes coisas que o Senhor fez por nós.

A primeira grande coisa que o Senhor fez por nós, foi nos libertar do pecado.

A segunda grande coisa que o Senhor fez por nós, foi nos reconciliar a Ele.

A terceira grande coisa que o Senhor fez por nós, foi a revelação da Sua glória em nós.

CONCLUSÃO: Se o Senhor já nos libertou da condenação do pecado, já nos reconciliou a Ele e já revelou a sua glória em nós, o que precisamos fazer para vivermos a plenitude deste relacionamento?

1) Tendo comunhão com Ele;

2) Buscando cada vez mais a intimidade com Ele;

3) Viver e andar no Espírito;

4) Não satisfazer as concupiscências da carne.

EDSON E LENIR – IGREJA BATISTA BÍBLICA DE FLORES – Uma Igreja de Poder !!! – Manaus – AM