Nazaré Mussa é psicóloga, formada pela Universidade Luterana do Brasil. Especialista em Psicopedagogia e Interdisciplinaridade pela Universidade Luterana do Brasil. Especialista em Terapia e Clínica Psicanalítica, pelo Campus Gonzaga Filho em Convênio com Literatus. Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental pela Faculdade Martha Falcão. Especialista em Psicologia do Trânsito. Pela Escola Superior Batista do Amazonas. Especialista em Neuropsicologia pela ESP/AM. Doutoranda em Psicologia. Pela Universidade de Ciências Empresariales e Sociales. Buenos Aires. Doutora em Ciências da Educação. Local: Facultad Interamericana de Ciencias Sociales – FICS. Universidad Evangélica del Paraguay. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Psicóloga, Escritora e Produtora de Conteúdos. Escritora: 1- Livro: Fragmentos de um Sonho. Tematica: Romance. Editora Valer 2021. 2- Livro Lembranças Especiais do Roby. Temática: Infantil.Editora: All Print. 2015. Produtora de Conteúdo: Instagram @nazaremussa e Youtube. Lives sobre autoconhecimentos. Temas para reflexão.

Uma pessoa me enviou um e-mail pedindo para trabalharmos como tema, a “autossabotagem” e como ela se dá. Então, o objetivo deste texto é esclarecer as seguintes questões:

  • Como é que nós nos sabotamos?
  • Como é que nós podemos trabalhar o problema da sabotagem?
  • O que é sabotagem?

Para isso, primeiramente, precisamos entender o que é a autossabotagem. Vamos adiante:

A autossabotagem é um engano em que eu me boicoto. Me boicoto de todas as coisas que são importantes e que precisam ser realizadas por mim. Ela vem com a intenção de nos proteger. Mas, como pode a autossabotagem nos proteger? Veja, quando éramos crianças, é muito comum que tenhamos escutado dos nossos pais coisas como: não fale com estranhos, pois pode ser perigoso! Isso acontece com todo mundo. E o que acontece, dentro de nós, nessa psique humana? Nós recebemos uma informação e, a partir disso, essa informação é jogada dentro da psique humana e fica lá armazenada, como uma informação importante que precisa ser obedecida. Por conseguinte, ela vai criando raízes nesse inconsciente.

É claro que entendemos a importância da fala de nossa mãe e de nosso pai, é realmente perigo crianças falarem com pessoas estranhas. Isso é fato.

  • O que é o inconsciente?

O inconsciente é uma estrutura atemporal, portanto, não respeita tempo. E tudo que chega nessa estrutura é considerado fato. Isto é, ela não julga como fantasia, verdade ou mentira. Apenas recebe a informação. Sendo assim, no decorrer do processo evolutivo da nossa vida, tudo o que nós passamos e vivemos chega para o nosso inconsciente e é armazenado. A partir disso, criamos nossas crenças. Chamadas crenças centrais, que são exatamente as informações que recebemos no período da infância. Entretanto, acessamos essas verdades, que muitas vezes são equivocadas, sem prestarmos a devida atenção. Pois o inconsciente não é lógico, embora nós tenhamos uma mente lógica, coerente, que nos possibilita raciocinar e traçar metas para atingir objetivos.

Agora que estamos contextualizados, retornemos a pergunta norteadora: o que é a autossabotagem?

Digamos que, hoje, eu sou uma pessoa adulta e quero emagrecer. O que eu faço? A minha mente lógica, que raciocina e traça metas, diz: eu preciso entrar em uma academia, comer comidas saudáveis e fazer exercícios. Acontece que, paralelo a isso, há uma mente que é irracional: o inconsciente. E é este que me sabota, diretamente, sem que eu perceba. Diferentemente da mente coerente, ele me diz:

– Ah! Mas, você pode fazer isso amanhã!

– Amanhã você se matricula na academia.

– Amanhã você vai procurar uma endocrinologista, um nutrólogo, um nutricionista e vai começar a fazer tudo diferente!

Porém, amanhã chega, e novamente você se boicota, dando justificativas para você não cumpra as metas que permitirão chegar ao seu objetivo. Este é um processo inconsciente e, por isso, muitas vezes não nos damos conta do que está acontecendo. Sendo assim, é importante que se tenha sempre conhecimento de quem você é, de quais são suas qualidades e necessidades de mudança, claro, pois todos nós temos defeitos. E a partir do reconhecimento desses defeitos é que podemos mudar de comportamento, alterando aquilo que precisa ser alterado.

Para isso, é preciso saber o que tem que ser alterado. Tendo em vista o porquê dessa mudança de sua importância e para que você quer chegar no objetivo traçado, pensando nos pontos positivos de alcançá-lo. Partindo do nosso exemplo, ter qualidade de vida é um ponto positivo que vai motivar você na caminhada do seu objetivo central, que é o emagrecimento. Outro exemplo comum de autossabotagem, é estar em um relacionamento com uma pessoa que está gerando prejuízos e, mesmo assim, você insiste em continuar nele.

Se você se identificou com esse tema, preste atenção. Classifique seu comportamento, descubra o que precisa mudar para evitar se autossabotar.

 

Espero ter ajudado você.

Um abraço e fica com Deus.