Nazaré Mussa é psicóloga, formada pela Universidade Luterana do Brasil. Especialista em Psicopedagogia e Interdisciplinaridade pela Universidade Luterana do Brasil. Especialista em Terapia e Clínica Psicanalítica, pelo Campus Gonzaga Filho em Convênio com Literatus. Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental pela Faculdade Martha Falcão. Especialista em Psicologia do Trânsito. Pela Escola Superior Batista do Amazonas. Especialista em Neuropsicologia pela ESP/AM. Doutoranda em Psicologia. Pela Universidade de Ciências Empresariales e Sociales. Buenos Aires. Doutora em Ciências da Educação. Local: Facultad Interamericana de Ciencias Sociales – FICS. Universidad Evangélica del Paraguay. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Psicóloga, Escritora e Produtora de Conteúdos. Escritora: 1- Livro: Fragmentos de um Sonho. Tematica: Romance. Editora Valer 2021. 2- Livro Lembranças Especiais do Roby. Temática: Infantil.Editora: All Print. 2015. Produtora de Conteúdo: Instagram @nazaremussa e Youtube. Lives sobre autoconhecimentos. Temas para reflexão.

As crianças devem ser cuidadas pelos adultos, pois ainda não possuem condições de se protegerem das armadilhas de pessoas mal intencionadas. Deve haver um lugar onde possa ser acolhida, amada e principalmente respeitada. Educar uma criança não é fácil, não existe um único modelo e sim um conjunto de regras, ensinamentos e muito bom senso para fornecer as crianças o que elas necessitam e é preciso lembrar que bom senso não é senso comum, nem que criança ao nascer vem com manual. Mas ao longo dos anos a sociedade como um todo já percebeu o que faz bem e o que faz mal, seguindo esse pensamento, foi criado no Brasil o Estatuto da criança e do adolescente, com o intuito de fornecer proteção. Criado em 13 de julho de 1990 e fruto de um amplo debate entre os movimentos sociais e organizações voltados para a conscientização e o respeito pela criança e pelo adolescente como pessoas a possuírem direitos. A Lei federal n. 8.069/1990, é o marco legal e regulatório dos direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil.

Uma pergunta para reflexão: será que o ECA está sendo respeitado?

Pergunto porque no Art. 3º – A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Relendo o Art. 3º da Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 – ECA você pode refletir melhor e doar seus questionamentos. Não tenho a intenção de polemizar, e sim de fazer você refletir um pouco sobre os adultos de amanhã pelo que as nossas crianças estão sendo expostas hoje.

Todo ser humano possui necessidades emocionais e psicológicas, não se faz diferente à criança e por tanto, é necessário capacita-la em seu processo de desenvolvimento em alguns pontos fundamentais como, por exemplo: base familiar, espiritual, moral e social.

É claro que existem circunstâncias onde a família pode faltar, é o caso de acidentes ou abandonos deixando a criança órfão, então, os parentes ou a sociedade enquanto “Estado” poderá patrocinar os meios necessários para cuidar dessa criança.

Como fornecer os subsídios para a saúde mental da criança hoje? Digo hoje porque a realidade atual é muito diferente da realidade de outrora. Redes sociais, violência, exposições demasiadas a conteúdos impróprios para crianças vinculados as redes sociais, dinâmicas familiares distintas e muitos outros temas, fatores que impactam direta e indiretamente o psicológico das crianças.

 Hoje em dia, até os conteúdos abordados em determinadas escolas são vistos com preocupação pelos pais e por profissionais que realmente se preocupam com o bem-estar dos pequenos.

Então, como cuidar dos pequenos?

Cada criança é única e possui necessidades próprias de acordo com suas vivencias e anseios de vida.

  • Segurança.
  • Respeito.
  • Alimentação.
  • Moradia.
  • Educação.
  • Saúde.

Esses são alguns direitos, como psicóloga considero esses direitos básicos para uma boa saúde mental e física. Agora, os fatores emocionais e psicológicos que os pais e responsáveis devem ter em mente são: o acolhimento, a criança precisa se sentir acolhida, não é só uma demonstração externa, a criança sente. Olhar nos olhos de uma criança para poder se comunicar, respeitar a idade e usar palavras que a criança compreenda. Respeitar a hora que a criança está tentando falar dos seus sentimentos, é muito difícil para uma criança falar de raiva ou de tristeza, por exemplo, a criança muito pequena não sabe denominar o que está sentindo, por isso o adulto, pais, profissionais ou responsáveis devem escutar a criança com calma e paciência, entender primeiro o que ela está tentando expressar e depois orientar nominando seus próprios sentimentos, ex, isso que você está sentindo é raiva,…isso que você está sentindo é tristeza…vamos ver porque você está com esses sentimentos. O que você pensou ou o que aconteceu? É desta forma e não gritando. Na grande maioria das vezes a criança chora por não saber expressar seus sentimentos.

Para você cuidar bem de uma criança é necessário primeiramente você cuidar da sua saúde mental, tudo começa com você. Seja sempre consciente de suas respostas, usando a verdade e a honestidade, mas, não esqueça de respeitar a fase do desenvolvimento que a criança se encontra. É importante, ensinar sua criança a lidar com seus medos e emoções. É fundamental a criança ter uma rotina diária saudável, esse hábito é importante para toda a família.

A criança tem muitos direitos e também deve ter suas pequenas obrigações para ser uma pessoa plena em cuidar de suas coisas e aprender a ter autonomia, ou seja, brincar e depois, vamos ajudar a organizar os brinquedos, hora do banho, quarto arrumado, hora de estudar, nada rígido, tudo é dinâmico e deve ser prazeroso. Responsabilidade traz grandes benefícios.

Convívio social para as crianças é muito importante para ela aprender a interagir com outras crianças de idades diferentes.

Sempre se lembre de fazer elogios para cada ação positiva de sua criança e quando ela cometer equívocos, não fique pontuando, ensine como fazer o certo. Evite expor sua criança ao comentar suas atitudes na frente de outras pessoas para não a constranger.

Por ora, creio está bom para nossa reflexão e lembre-se o acompanhamento psicológico não é só para cuidar dos transtornos ou problemas psicológicos é também e principalmente para prevenção, as questões do dia a dia, como medos, inseguranças acerca de como educar uma criança, como você deve agir quando for confrontada e por aí vai.

Se você gostou desse tema, convido você para conhecer meu trabalho no Instagram e Youtube. @nazaremussa

Obrigada por ter ficado comigo até este momento. Desejo um forte abraço e fica com Deus.