Nazaré Mussa é psicóloga, formada pela Universidade Luterana do Brasil. Especialista em Psicopedagogia e Interdisciplinaridade pela Universidade Luterana do Brasil. Especialista em Terapia e Clínica Psicanalítica, pelo Campus Gonzaga Filho em Convênio com Literatus. Especialista em Terapia Cognitiva Comportamental pela Faculdade Martha Falcão. Especialista em Psicologia do Trânsito. Pela Escola Superior Batista do Amazonas. Especialista em Neuropsicologia pela ESP/AM. Doutoranda em Psicologia. Pela Universidade de Ciências Empresariales e Sociales. Buenos Aires. Doutora em Ciências da Educação. Local: Facultad Interamericana de Ciencias Sociales – FICS. Universidad Evangélica del Paraguay. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Psicóloga, Escritora e Produtora de Conteúdos. Escritora: 1- Livro: Fragmentos de um Sonho. Tematica: Romance. Editora Valer 2021. 2- Livro Lembranças Especiais do Roby. Temática: Infantil.Editora: All Print. 2015. Produtora de Conteúdo: Instagram @nazaremussa e Youtube. Lives sobre autoconhecimentos. Temas para reflexão.

Hoje em dia parece que virou uma febre e um modismo descontrolado, até neurótico em determinadas situações em que adultos deixam crianças pequenas nos tabletes por tempo indeterminado, no quesito exposição às telas sem tempo definido e sem supervisão, é um perigo diante das ameaças que vem mediante determinadas janelas abertas na internet.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Brasileira de Pediatria recomendam 1 hora para crianças de 2 a 5 anos e de 1 a 2 horas por dia para crianças de 6 a 10 anos. Alguém deve estar se perguntando, “e as tarefas escolares?”, quase todas as pesquisas são realizadas com uso da internet, deve haver um tempo para as pesquisas, um tempo para os jogos eletrônicos e tudo vai depender da idade da criança ou adolescente e de sua necessidade. Contudo, crianças de 0 a 2 anos, o contato com a tela deve ser zero. Infelizmente, não é o que se vê num simples passeio aos shoppings da cidade ou numa ida a um restaurante.

De 11 aos 18 anos, ainda são adolescentes e precisam de orientação. A verdade é que a vida virtual não pode substituir a realidade. Pense um pouco sobre o que seus filhos ou sobrinhos, fazem nos finais de semana ensolarados. Eles estão indo passear, se divertindo com outros jovens da mesma idade? O que eles fazem?

Não são só os smartphones que precisam de supervisão, os conteúdos das TVs precisam ser fiscalizados, isso mesmo. O uso excessivo de telas pode causar problemas considerados na saúde das crianças e adolescentes, como, por exemplo, ansiedade, agressividade, distúrbios do sono, visão e muitos outros.

Até o momento, as pesquisas dizem que o cérebro humano não distingue fantasia de realidade. Quando se observa uma cena externa, é necessário que uma sequência de neurônios se comunique para acontecer os padrões de disparos cerebrais, criando uma representação. É por isso que, num filme de suspense, você coloca as mãos em seus olhos para não ver o que está acontecendo, mesmo sabendo que é só um filme, os impulsos de proteção acontecem.

Com os avanços da tecnologia de mapeamento cerebral, é possível visualizar o cérebro em seu aspecto dinâmico, a verdade é que, em se tratando de cérebro, os estudos são ainda pequenos para uma máquina tão maravilhosa. É o córtex visual do cérebro, responsável por processar as imagens. São muitas as hipóteses que surgem com os estudos mais recentes, seguimos tentando entender como a mente funciona. Diante do fato de que o cérebro humano não distingue realidade de imaginação, diante de uma cena imaginaria ou uma lembrança do passado que você está tendo acesso atualmente ou ainda em um filme, o seu cérebro vai mandar para o seu corpo as substâncias que produziu no momento do fato, ou seja, serotonina, dopamina, ocitocina, endorfina e dependendo da imagem até adrenalina, tudo vai depender do momento vivenciado por você. Então, vivências alegres são agradáveis e positivas, vivências negativas podem gerar sentimentos e emoções ruins.

Por isso, é tão importante manter o cuidado e acompanhar os filhos em suas buscas virtuais e, desta forma, tentar protegê-los de perigos que estão escondidos atrás das muitas janelas on-line.

Um estudo recente de Nadine Dijkstra, pós-doutoranda da University College London, o estudo liderado por ela que foi publicado na Nature Communications revelou que o cérebro avalia as imagens que está processando segundo um limiar de realidade, mas é preciso que o sinal cruze o limiar de realidade para que o cérebro pense que é real. Então, se os sinais imaginários forem fortes o suficiente para cruzar o limiar, o cérebro humano poderá identificar como real. Conclusão: imaginação e realidade podem se misturar.

O ideal são os pais fornecerem aos filhos subsídios de uma educação coerente com os valores éticos, justos e nobres de um verdadeiro ser humano…

Obrigada por ter ficado comigo até o momento, espero você na próxima semana.

Um forte abraço e fica com Deus.