João Tayah é bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas, Especialista em Gestão Pública pela Universidade do Estado do Amazonas e Especialista em Direito Público pela Universidade Anhanguera-Unidero. Exerce o cargo efetivo de Delegado de Polícia Civil, atualmente desempenhando suas funções nos plantões policiais da capital. É também professor de diversas faculdades e cursos preparatórios de Manaus.

“Estamos todos no mesmo barco” é uma frase que retrata muito bem as reflexões que a pandemia nos exige fazer.

Se estamos no mesmo barco, uma pessoa não pode fazer um buraco em sua cabine, porque isto faria o barco afundar, atingindo a todos. Não adianta dizer “a cabine é minha, eu tenho liberdade para fazer o que quiser”.

A sua liberdade, como qualquer direito, deve observar limites. Ninguém tem o direito de colocar a vida e a saúde de terceiros em risco, sob o argumento de preservação da sua liberdade individual.

No choque entre o interesse público e o interesse privado, quem prevalece é o interesse público. Especialmente quando o interesse privado se guia pela anticiência e pelo egoísmo obscurantista.

Portanto o Estado pode e deve exigir vacinação. Pode e deve impor restrições de circulação a quem não se vacina. Porque o custo da não-vacinação não pode ser estendido a todos, por causa da irresponsabilidade de alguns.