VIDA DE ADORAÇÃO – SERVIÇO – FILEMOM
1 Pedro 4:10
Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus
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INTRODUÇÃO – A vida de um adorador é antes de mais nada uma vida de serviço, ser servo. De alguém que se entrega totalmente à obra do Senhor em seus mais variados aspectos, ministérios e serviços.
É basicamente isto que o Apóstolo Pedro está nos orientando no versículo acima. O dom de Deus não é para atrair os holofotes para nós, não é para nos trazer fama, riqueza e sucesso.
O Senhor nos chama para nos colocarmos à disposição dos outros, nas suas mais variadas e inimagináveis carências. E é isto que aprendemos no testemunho do Apóstolo Paulo ao seu amado discípulo Filemon.
Vejamos em Filemom 1: 4 a10:
4. Sempre dou graças a meu Deus, lembrando-me de você nas minhas orações,
5. porque ouço falar da sua fé no Senhor Jesus e do seu amor por todos os santos.
6. Oro para que a comunhão que procede da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem que temos em Cristo.
7. Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos.
PRIMEIRA PARTE – As características de Filemom que chamaram a atenção do Apóstolo Paulo:
Primeira característica – Fé inabalável – Verso 5 – A nossa fé precisa ser inabalável e não filosófica. Não é o que achamos ou o que sentimos, é o que temos a convicção do que o nosso Deus é capaz de fazer.
Não podemos ser inconstantes. Não podemos ser levados por ondas e ventos de doutrina. Não podemos estar dependentes das circunstâncias. Aprendemos, no domingo passado, com Habacuque que mesmo que saia tudo errado, que nada de certo, que venhamos a padecer necessidades, mesmo assim nos alegraremos no Deus da nossa salvação.
Segunda característica – Seu amor puro – Verso 5 – Paulo se referiu a um amor por todos os Santos. Todos. Um amor sem distinção. Um amor que não privilegia somente os melhores, os menos pecadores, os mais bonzinhos.
Notem que o Apóstolo Paulo não se refere a gostar, aceitar, suportar; ele é claro ao falar no amor.
Terceira característica – Sua comunhão, que é fruto de intimidade com o Senhor – Verso 6 – Aqui fica claro que uma das marcas de um profundo e intenso relacionamento com Deus é o que facilita a comunhão com o próximo.
É fácil formarmos panelinhas ou grupinhos de gente que pensa como a gente ou que pelo menos, aceite o nosso modo de pensar.
Mas quando amamos como Cristo nos amou, buscamos comunhão com o próximo independentemente de como seja, como age e como pensa este próximo.
Quarta característica – Sua envolvente alegria – Verso 7 – A alegria da salvação é contagiante, é envolvente. E num mundo com carência de alegria e de felicidade, a nossa alegria precisa ser evidente e acima de tudo convincente.
Até porque, a palavra de Deus garante que na presença do Senhor há fartura de alegria. Então, é impossível estarmos na presença do Senhor e tristes.
Quinta característica – Vida abençoadora – Verso 7 – Porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos.
Que observação preciosa do Apóstolo Paulo a respeito de Filemon! Enquanto existem crentes que só trazem tristezas e amarguras para o coração dos pastores, Filemon trazia um novo ânimo para os santos.
SEGUNDA PARTE – Aprendemos que os nossos dons não são para o nosso próprio uso e nem para alimentar nossa vaidade e nosso ego. Eles precisam estar à disposição do Senhor para servir às pessoas carentes.
Então, quais as características de um verdadeiro adorador?
– Sua fé inabalável – Infelizmente encontramos os auto intitulados verdadeiros adoradores que infelizmente são completamente descompensados na fé. Vivem pulando de igreja em igreja e são sempre insatisfeitos com o sistema.
– Seu amor puro e incondicional – Romanos 12, do versículo 9 em diante temos:
O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros. Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no Espírito, servindo ao Senhor. Alegrai-vos na esperança e sede pacientes na tribulação, perseverai na oração e acudi aos santos nas suas necessidades.
– Sua comunhão – É comum, em algumas igrejas que conheço, os adoradores, os levitas ou ainda os ministros de louvor, não participarem integralmente do culto. Eles cantam, adoram, mas quando chega a hora da mensagem eles saem do ambiente ou, quando permanecem, ficam literalmente desligados.
– Sua envolvente alegria – Hoje em dia, com a adoração teatral, gestual e coreográfica, estamos assistindo menos alegria e mais caretas, choros e gemidos. Precisamos sentir alegria na presença do Senhor, como na presença do nosso pai terreno e sanguíneo.
A minha referência é sempre os meus dois pais (tive um pai de criação); ambos eram extremamente alegres e divertidos. Passavam o tempo todo brincando e achando graça das coisas. Era muito prazeroso estar com eles. Assim que me vejo na presença de Deus. Tenho um enorme prazer em estar na Sua presença e isso me enche de alegria e de risos.
– Vida abençoadora – É impossível respirar adoração, transpirar adoração e não seguir o exemplo do nosso amado mestre abençoando outras vidas. Ser um adorador é, antes de mais nada, ser um representante da glória de Deus e como a lua que não tem luz própria, mas brilha recebendo os raios solares, precisamos receber a luz de Deus e brilhar iluminando outras pessoas.
E isso vai além de ser um pregador da palavra ou um evangelista. É assistir em toda e qualquer necessidade, como o samaritano da parábola.
CONCLUSÃO – A vida de adoração é completa. Podemos sim estar nas plataformas e palcos das igrejas, mas isso é só uma parte. O verdadeiro adorador é aquele que adota a adoração como um estilo de vida, como uma disciplina.
Às vezes, a verdadeira adoração é aquela dos que servem as viúvas, aos órfãos, aos estrangeiros e aos necessitados,
Adoremos ao Pai com o nosso serviço.
EDSON E LENIR DE JESUS – São Pastores da IGREJA BATISTA BÍBLICA DE FLORES – Manaus – AM.