Fotos - Henrique Souza / Semsa

Prefeitura de Manaus promoveu diversas ações neste mês voltadas à campanha “Agosto Dourado”, que fortaleceram o incentivo ao aleitamento materno no município. Realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), a campanha contou com a participação de mais de 5 mil pessoas, incluindo a comunidade em geral e profissionais da saúde, e destacou que a amamentação é uma das principais formas de reduzir a mortalidade infantil.

O “Agosto Dourado” será encerrado nesta quarta-feira, 31/8, em uma mega-ação na Comunidade do Livramento, na zona rural de Manaus. Desde o dia 1º, a Semsa promoveu a campanha em 85 unidades básicas de saúde, em comunidades indígenas, em ambientes virtuais, e outros espaços abertos ao público, como o Parque Cidade da Criança.

“Essas atividades vão trazer resultados bem positivos para o município de Manaus. Esse ano a gente teve um diferencial muito bom, que foi a inclusão da saúde indígena nesse movimento, priorizando a população indígena nessas ações”, contou a enfermeira Ivone Amazonas, técnica do Núcleo de Saúde da Criança e do Adolescente da Semsa.

Ivone ressaltou que a campanha foi realizada de forma intersetorial, e envolveu profissionais da saúde de diversas áreas, como saúde da mulher, saúde do homem, saúde de grupos especiais, como os migrantes venezuelanos, e de nutrição. As ações também foram desenvolvidas por instituições de ensino e outras entidades que foram estimuladas pela Semsa a aderir ao movimento.

“Antes do início do mês de agosto, nós realizamos um seminário de preparação para o Agosto Dourado e convidamos representantes de diversos órgãos e instituições para participar. A estratégia de trabalhar a amamentação com a comunidade já está ‘arraigada’ no sangue de cada profissional, e por isso pudemos observar que cada instituição já desenvolve suas próprias atividades a fim de sensibilizar sobre o aleitamento materno”, afirmou.

Acompanhamento

A enfermeira Ivone Amazonas também explicou que um dos principais objetivos da campanha foi orientar sobre a postura do profissional da Atenção Primária no atendimento às mulheres, desde o momento em que elas chegam para realizar o pré-natal até quando retornam às unidades básicas para promoção da saúde do bebê.

“As mães da nossa cidade têm acesso a um acolhimento de qualidade na atenção básica, com profissionais qualificados, e estamos reforçando que eles levem orientações básicas que possam favorecer essa mãe, para que ela possa amamentar com segurança e tranquilidade”, falou.

De acordo com Ivone, a população ainda precisa melhorar o cenário da prevalência do aleitamento materno, para que seja o alimento exclusivo do bebê até os seis meses de vida, conforme recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“A partir dos seis meses, o aleitamento materno deve continuar complementando a alimentação da criança até os dois anos de idade ou mais, e que os alimentos incluídos nessa fase sejam saudáveis, como frutas, legumes e verduras. Com isso, a gente vai ter um adulto saudável e nosso intuito é justamente esse, fazer com que a nossa população cresça saudável”, pontuou Ivone.

Benefícios

A enfermeira informou que os benefícios do aleitamento materno são inúmeros, tanto para a mãe quanto para o bebê. No que se refere à mortalidade infantil, estudos comprovam que a amamentação bem trabalhada reduz em 13% esse índice.

“O leite materno é considerado a primeira vacina do bebê, porque ele contém anticorpos que protegem contra várias infecções e doenças, ou seja, o bebê não adoece com facilidade se for amamentado de forma adequada. Além disso, o vínculo afetivo entre mãe e filho no momento do aleitamento fortalece a família, e contribui com um resguardo saudável da mulher”, explicou Ivone, citando apenas alguns exemplos.

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Texto – Victor Cruz / Semsa