Nesses últimos dias tenho sido assediado por uma grande quantidade de amigos, admiradores e até colegas pastores, atrás do meu voto. Amigos que eu nunca ví e nunca pelo menos encontrei ou cumprimentei; admiradores do meu ministério, da minha conduta, da minha seriedade, como se a boa conduta ou a seriedade fosse uma privilégio de poucos e não uma obrigação para todos. Colegas pastores que, infelizmente, não acreditam muito nas palavras do próprio Jesus, em Mateus 18, onde expõe a autoridade inquestionável da igreja, quando declara: “tudo que ligares na terra será ligado no céu e o que desligares na terra será desligado no céu, e acham um mandato parlamentar lhes dará autoridade suficiente para curar as mazelas do mundo, que a própria Bíblia declara que jaz no maligno.
Não voto em crente por acreditar que a solução para todos os problemas do mundo está a cargo e a disposição da igreja, como está escrito em II Crônicas 7:14 – “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.”
Talvez não queiramos aceitar as condições de Deus embutidas neste versículo, que são: se humilhar, orar, buscar mais a minha face e se converter dos seus maus caminhos.
Não voto em crente por acreditar piamente nas palavras do meu Mestre quando disse: Os campos estão prontos; faltam obreiros. Não seria uma tamanha contradição, mesmo com a constatação da falta de obreiros ainda tirar os poucos que tem e lança-los na política?
Continuo acreditando na política como a arte de governar e se relacionar, mas confesso que estou cada vez mais decepcionado com os políticos, principalmente com aqueles que deveriam ser a luz do mundo e o sal da terra.
Não vou anular o meu voto; jamais anularia e até já tenho os meus candidatos preferidos. Alguns deles eu já os tinha muito antes deles serem candidatos.
Dito isto, não precisam gastar seus créditos com mensagem e poupem-me dos seus elogios e das suas admirações. NÃO ESTOU À VENDA