Na manhã de hoje, mães de crianças com deficiência (PCDs) promoveram uma manifestação em frente à sede do Governo do Amazonas, no bairro Compensa, expressando sua insatisfação e apreensão devido à escassez de suprimentos na CEMA (Central de Medicamentos do Amazonas).

Entre os participantes, Reury Rodrigues, tio/padrinho de uma criança PCD, se destacou, expressando sua indignação com a falta de preparo do Conselho Tutelar local para lidar com situações sensíveis.

De acordo com ele, as mães solicitaram uma solução para a carência de suprimentos, mas foram confrontadas com a presença do Conselho Tutelar, em resposta a uma denúncia infundada envolvendo uma mãe que precisou levar seu filho Gabriel, que tem deficiência, para a manifestação. Os conselheiros não consideraram a situação da mãe, que levou seu filho por não ter com quem deixá-lo em casa.

Reury também expressou preocupação com a escassez de nutrição, fraldas, água destilada e seringas na CEMA, o que resultou em sérias consequências para as crianças, como o caso de Gabriel, que ficou sem sua alimentação específica esta semana e precisou recorrer a uma alternativa menos adequada, resultando em uma ida ao hospital. No entanto, as autoridades não deram a devida atenção a essa situação, agindo de maneira desrespeitosa e ignorando o bem-estar das crianças.

Sua indignação não se restringe ao caso de Gabriel. Ele também expressou solidariedade à luta de seu irmão Nixon e sua cunhada Suzy, que enfrentam diariamente desafios na criação de seu filho e afilhado, Pedrinho, também uma criança com deficiência. O sofrimento evidente das mães na manifestação reflete a batalha contínua e a preocupação constante com seus filhos.

Durante a manifestação, o Governo do Estado enviou o Major André para mediar e desobstruir a entrada da sede do governo. As mães, desesperadas por uma solução, não se intimidaram e continuaram suas reivindicações.

A situação atingiu um ponto crítico quando o Major André ameaçou prender Reury, caso ele retornasse ao local da manifestação. Esta ação ilustra como o Governo Wilson Lima se afastou de seu propósito original. Ameaçar pais de PCDs com prisão, enquanto mães buscam suprir as necessidades de seus filhos, representa uma séria obstrução ao bom funcionamento do governo.

Diante desses eventos, é impossível não se indignar com a situação enfrentada por essas famílias. A falta de suprimentos e a incapacidade das autoridades locais de lidar com situações tão sensíveis destacam a urgência de medidas eficazes para garantir o direito à saúde e ao bem-estar das crianças com deficiência e suas famílias.

A equipe de reportagem solicitou uma nota à SECOM, no entanto, até o fechamento da matéria, não obteve resposta à solicitação.

Com informações do portal de notícias ochefaodanoticia