Foto: Marinho Ramos/Semcom

A prefeitura por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência social e cidadania (Semasc), estão de parceria com o Ministério da Cidadania e a Agência da ONU para os refugiados (Acnur), realizou na quinta-feira (5), o “Workshop Nacional de Boas Práticas às Populações Indígenas Venezuelanas no Brasil”.  O evento foi realizado no Casarão da Inovação Cassina, no centro. 

O objetivo é discutir políticas públicas de assistência a essa população indigena e venezuelana que busca refúgio humanitario no país o workshop abordou os desafios iniciais, e as respostas emergenciais e até as soluções duradoura no atendimento aos indígenas acolhidos, como fluxo migratório em 2014 a intensificação que se deu a partir de 2017. 

Manaus foi escolhida para sediar esse momento por conta de todo o trabalho que o município vem realizando, em parceria com o Ministério da Cidadania e outras agências internacionais como a Acnur”, conta Jane Mara Moraes, Secretária da Semasc. 

Atuamos na parte do acolhimento dos povos indígenas, além de trabalhar também, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), recebendo populações não indígenas, buscando sempre assegurar os direitos dessas pessoas”, completa. 

Niusarete de Lima, que é assessora especial de assuntos de imigrações do Ministério da Cidadania, fala da importância da capital amazonense neste acolhimento às famílias imigrantes. “O município de Manaus foi pioneiro no atendimento, na recepção e no acolhimento aos indígenas venezuelanos, sendo uma referência até hoje. É muito gratificante estar reescrevendo a história da imigração no Brasil, tendo a cidade como base”. 

Segundo José Egas, que é representante da Acnur no Brasil, o atendimento realizado em Manaus foi uma ação conjunta entre o poder público e a sociedade civil, que possibilitou o desenvolvimento de práticas de acolhimento e a assistência eficaz e sólida.  

“São práticas que não são apenas admiradas por outros Estados do país, mas que esses Estados também buscam replicar”, conclui. 

Artesã indígena warao, Alicia Aranguren teve participação fundamental na composição de mesa do workshop, representando diretamente os mais de sete mil indígenas venezuelanos que se encontram atualmente no país. “Agradeço, como imigrante e refugiada, a todas as instituições que vêm nos dando apoio e acolhimento no Brasil”, finaliza.  

Os produtos confeccionados por Alicia e outras mulheres estavam expostos e sendo comercializados no workshop, como jarros, redes, pratos e muitos mais. A produção e vendas desses artigos foi uma atividade realizada pela prefeitura de Manaus, que estava em busca de desenvolver a autonomia dos indígenas acolhidos, e que devem agora servir como exemplos ao resto do país. 

O workshop deve continuar nesta sexta-feira (6) com as mesmas temáticas e transmissão ao vivo pelo Youtube e no canal do Acnur Brasil e redes sociais.