EDIFICAREI A MINHA IGREJA, E AS PORTAS DO INFERNO NÃO PREVALECERÃO CONTRA ELA;
Mateus 16:18.
Um querido pastor me mandou uma mensagem falando sobre o perigo para a igreja caso alguns candidatos venham a se eleger. Falou da provável perseguição, taxação de impostos e até fechamento de algumas. Por fim, pediu-me para que orasse e refletisse muito sobre o meu voto e em tom mais ameaçador do que aconselhador, disse: Já pensou se fecharem a sua igreja?
Querido colega pastor,
Agradeço muito a sua pertinente preocupação, mas preciso fazer algumas considerações:
Primeira consideração – Que venha a perseguição – Historicamente está mais do que confirmado que a igreja cresce na perseguição. Talvez não cresça numericamente, mas cresce em santidade, em poder e na dependência à vontade de Deus.
Segunda consideração – Que venha a taxação de impostos – Tem igrejas que são verdadeiras entidades sem fins pouco lucrativos. Os templos estão cada vez mais luxuosos, mais palaciais, mais capitalistas. São verdadeiros cassinos, onde os incautos membros vão apostar na fé; e como todo bom casino, só a casa ganha, mas o viciado persevera no jogo , na esperança de que um dia a sorte lhe sorria e ele ganhe.
Terceira consideração – Fechamento de algumas igrejas – Para as igrejas históricas e sérias, isto seria um senhor benefício; uma bênção.
Quarta consideração – Se eu pensei no fechamento da minha igreja? – Se a igreja verdadeiramente fosse minha eu certamente temeria. Só que a igreja da qual estamos falando não é e nunca foi a igreja de Jesus. A igreja de Jesus tem a garantia d’Ele mesmo de que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E quando Jesus fala de porta do inferno, não se refere a partidos políticos ou ideologias políticas, por mais medonhas que estas possam parecer.
Quinta e última consideração – Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: Soberba, fartura de pão, e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado.
Ezequiel 16:49.
A igreja de hoje, a que teme perseguição, está sofrendo (ou se beneficiando) da síndrome de Sodoma:
Soberba – Homens se achando mais poderosos do que Deus, inclusive com ordem e decretos a Deus;
Fartura de Pão – Denominações milionárias.
Abundância de ociosidade – O culto é um show e os membros, meros espectadores. Nem servos são, quanto mais servos inúteis. Pessoas infrutíferas que nunca evangelizaram, nem com os seus testemunhos (graças a Deus por isso), igrejas cheias de sacerdotes e levitas, mas sem nenhum bom samaritano.
Mas nunca fortaleceu a mão do pobre e do necessitado – Uma igreja que prega a prosperidade, mas que não auxilia os seus membros na necessidade. Muito pelo contrário, se alguém está passando por um momento difícil de dívida ou de enfermidade, é taxado como alguém que está em pecado.
Uma igreja que obriga as pessoas a venderem o que tem para pagar o dízimo.
É, meu amado pastor, meu amado colega, que falta faz uma perseguiçãozinha!
