O Amazonas tem registros de mais de 10.252 de violações aos direitos humanos de crianças e adolescentes, de janeiro a junho do ano de 2022. O número consta em painel de dados no site do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Esses dados são rotineiramente divulgados pelos veículos de comunicação locais.
Com o objetivo de promover a conscientização e alertar as autoridades quanto os índices alarmantes de violação infantojuvenil, no último sábado (23), o Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), realizou o primeiro encontro de jornalistas e comunicadores em defesa dos direitos da infância e adolescência do Amazonas.
O evento contou com a participação de destacados profissionais do jornalismo amazonense, como Daniela Assayag e o presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Amazonas, Wilson Reis, que atuaram como palestrantes.
Elizabeth Cavalcante, oficial de comunicação da Unicef na Amazônia, enfatizou a relevância do encontro, destacando que a temática dos direitos da criança e do adolescente tem sido negligenciada pela mídia nas últimas décadas.
“Esse é um encontro muito especial para o Unicef, porque ele resgata no caso, uma temática que está um pouco adormecida dentro do meio de comunicação, que é a abordagem da criança e adolescente dentro do seu campo de vivência, principalmente dessa vivência de vulnerabilidade. Então a gente precisava realmente trazer essa pauta e fortalecer novamente dentro do principal papel do jornalismo hoje”.
A jornalista e Oficial de comunicação da UNICEF, fala ainda qual foi o objetivo quando escolhida a temática. “Hoje nós tratamos sobre o que o jornalismo pode fazer para resgatar e defender os direitos e as garantias de crianças e adolescentes, principalmente no estado do Amazonas? Então, o nosso objetivo foi tentar entender o que foi essa temática no passado, como essa temática estava sendo trabalhada, quem era o público-alvo, quem eram as agências que cuidavam disso, quem eram os parceiros que cuidavam disso além do Unicef, e trazê-los novamente para essa vertente de fortalecer as garantias. E direitos de criança e adolescente dentro do Estado”, finalizou Elizabeth Cavalcante.