O Sindicato dos Rodoviários de Manaus anunciou greve da categoria para está quarta-feira (17). A decisão foi tomada após duas reuniões de assembleia geral dos trabalhadores, realizadas na ultima quinta-feira (11), para discutir o dissídio coletivo 2023/2024.
Os rodoviários pedem reajuste salarial de 12% para o mês de junho deste ano, além de aumento no valor do vale-alimentação. Sem sucesso nas tentativas de negociação com os empresários, a categoria promete paralisar 100% da frota do transporte público caso a reivindicação não seja atendida pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Amazonas (Sinetram) até terça-feira (16).
“No mês de abril notificamos todos os órgãos competentes sobre o dissídio coletivo da nossa categoria, nem uma resposta foi dada, a greve é nosso último recurso. Não é o que queremos, mas se não tiver outra alternativa, os trabalhadores decidiram parar o transporte coletivo na próxima quarta-feira”, disse o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Givancir Oliveira, em publicação nas redes sociais.
Outro lado
Em nota, o IMMU informou que aguarda notificação oficial do Sindicato dos Rodoviários e do Sinetram e reforçou que trabalha para sanar qualquer situação controversa para evitar prejuízos aos usuários do transporte coletivo.
Por sua vez, o Sinetram esclareceu que tenta o diálogo com a classe e com o prefeito de Manaus, David Almeida, para encontrar uma solução que impacte o mínimo possível o custo do Sistema de Transporte Coletivo da cidade, que é bancado parte pela tarifa paga pelos usuários e pela prefeitura via subsídio.
Apesar da tarifa estar congelada há mais de seis anos, o sindicato alega que o custo de operação, de quase 1.200 ônibus, vem crescendo e inclui, também, o aumento de salário dos motoristas que evoluiu quase 44% de 2017 até 2023.
E que para manter o equilíbrio econômico e financeiro dos contratos “o sindicato entende que o acréscimo de novos custos ao valor dos serviços prestados tem que ser dividido também com os usuários que utilizam o serviço cotidianamente com o pagamento de uma tarifa justa, módica e razoável pelo serviço prestado e por ele utilizado”, diz trecho da nota.
O Sinetram informou que já entregou todos os estudos de impacto de aumento de custo, incluindo suas sugestões do novo valor para tarifa, que segundo o sindicato, é a menor do país em relação às cidades com mais de 1,2 milhão de habitantes.