Na mira do Ministro Público do Amazonas (MPAM), o prefeito do município de Urucurituba, José Claudenor de Castro Pontes, mais conhecido como “Sabugo”, não tem se importado com as denúncias por negligência de serviços básicos e, apesar disso, decidiu que merece aumentar o próprio salário, do seu vice, dos vereadores e dos secretários municipais em pleno ano de eleições municipais.

A publicação foi feita na edição do Diário Oficial dos Municípios no dia 15 de março deste ano.

Em fevereiro de 2022, o prefeito tentou fazer o mesmo, mas o aumento salarial foi barrado pela Justiça do Amazonas. Na época, ele tentou aumentar o seu salário de R$ 18 mil para R$ 20 mil.

De acordo com a publicação mais recente do Diário Oficial, o prefeito Claudenor vai aumentar seu salário de R$18 mil para R$ 30 mil, do vice-prefeito de R$ 12 mil para R$ 18 mil e dos vereadores de R$ 7mil para R$ 10 mil e os secretários municipais de R$ 6 mil para R$ 8 mil.

O aumento aprovado só irá valer a partir do ano de 2025 mas pode ser barrado agora pelo Ministério Público.

A equipe de jornalismo do portal Amazônia Press tentou contato com a assessoria da prefeitura de Urucurituba em busca de esclarecimentos mas, até o presente momento, não obtivemos retorno.

Não é de hoje que o prefeito ‘Sabugo’ tem se envolvido em polêmicas. O prefeito já é conhecido pelo MPAM, que vai apurar uma denúncia de possível entrega de recursos financeiros a dois vereadores de Urucurituba pelo prefeito Cleudenor Pontes Sabugo. A denúncia, registrada em setembro do ano passado, alega que o prefeito foi flagrado em vídeo entregando dinheiro em espécie aos vereadores Muge Gama e Guba Castro, com a suspeita de que se trata de propina em troca de apoio político.

Em setembro de 2023, uma ação do MPAM pediu a suspensão dos direitos políticos do prefeito de Urucurituba, José Claudenor de Castro Pontes, do vice-prefeito Leôncio Antônio Tundis Carvalho e de nove servidores que possuem parentesco com os gestores do município, pela suposta prática de improbidade administrativa.

Conforme a ação, sobrinhos, cunhados e tios teriam sido nomeados para cargos na prefeitura, o que configura prática de nepotismo.

O prefeito de Urucurituba também foi denunciado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que enviou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) acusações de que o chefe do Executivo municipal declarou documentações falsas durante campanha eleitoral de 2020.