RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O porto fluvial de Guajará-Mirim, em Rondônia, foi reaberto na tarde de segunda-feira (22), após quatro dias de negociação entre as autoridades do Brasil e da Bolívia. O local é um dos principais ponto de entrada e saída de pessoas e mercadorias do Norte do país.

A travessia foi paralisada na sexta (19) depois que uma embarcação brasileira foi “ilegalmente retida por populares na fronteira boliviana”, segundo a Polícia Federal.

Ainda de acordo com a PF, a ação foi uma retaliação à apreensão de uma embarcação com mercadorias contrabandeadas da Bolívia.

O sequestro ocorreu no fim da tarde de sexta, logo após o barco, de inscrição Aquaflex, quando ele atracou em Guayaramerin, na Bolívia.

Dois tripulantes que estavam a bordo do barco sequestrado foram mantidos em cárcere por algumas horas pelos manifestantes bolivianos e depois liberados.

Durante o protesto, cerca de dez homens tiram a embarcação de dentro da água. Houve confusão e policiais da Bolívia foram ao porto para garantir segurança do local. Os agentes também atuaram na devolução do barco brasileiro.

Ainda na sexta à noite, de forma emergencial, barcos bolivianos foram autorizados a cruzar a fronteira sob escolta para levar pessoas que aguardavam o transporte para retornar para casa, entre elas crianças e brasileiros que estudam no país.

Foram quatro dias de “intensa negociação na fronteira”, segundo a PF, juntamente com a Marinha do Brasil, até que a embarcação brasileira retornasse nesta segunda escoltada pela Marinha da Bolívia possibilitando a retomada da operação no porto.

Sobre a embarcação boliviana apreendida pela Polícia Federal, a corporação informou que a Receita Federal instaurou procedimento administrativo-fiscal para perdimento do barco e da mercadoria.