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As ruas do centro de Buenos Aires presenciaram uma batalha campal entre policiais e manifestantes na tarde desta sexta-feira (11). A capital argentina era palco de protestos organizados por grupos de esquerda, justamente para denunciar a violência policial.

Os incidentes tiveram início ainda pela manhã, quando teve início a movimentação em protesto contra a morte do fotojornalista e militante Facundo Molares Schoenfeld, na última quinta-feira. Ele trabalhava na revista comunista Centenario, e chegou a integrar, por 15 anos, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, as famosas Farc.

Nos protestos desta sexta-feira, em repúdio à morte de Molares, a concentração aconteceu no cruzamento das avenidas 9 de Julio e Corrientes. nas proximidades do Obelisco. O tráfego foi totalmente interrompido devido ao grande número de pessoas.

As entidades culparam o prefeito de Buenos Aires e pré-candidato à presidência da Argentina, Horacio Rodríguez Larreta, como o principal “responsável” por continuar a “usar as estruturas repressivas do Estado para assassinar pessoas”.

Alguns manifestantes, que estavam encapuzados, atiraram pedras e coquetéis molotov caseiros no Centro de Monitoramento da Polícia Municipal. O centro também recebeu pichações com os dizeres “Morte ao boné” e “Nunca serei policial”.

A polícia interveio e houve confronto com os manifestantes. Ainda não há levantamento oficial do número de feridos.

Incidente com Molares

Molares, de 47 anos, participava de uma manifestação liderada por organizações sociais. Segundo os manifestantes, a polícia atacou o grupo, incluindo o fotojornalista, que foi preso.

À agência Telam, a polícia de Buenos Aires informou que agiu para impedir a queima de uma urna eleitoral por parte dos manifestantes.

Molares morreu pouco após ser detido, o que foi visto pelas entidades como um assassinato. Oficialmente, a causa da morte foi uma parada cardíaca causada por “fatores de risco”.

Foto: CNN BRASIL.