Durante um evento na sede da Assembléia de Deus no Amazonas – IEADAM, o pastor Moisés Melo, que também é vice-presidente da igreja, usou o evento para pedir votos aos membros, em Manaus. O evento aconteceu no último sábado (23), e foi transmitido pela Tv Boas Novas. O pedido de votos é para reeleger o deputado federal Silas Câmara (Republicanos) e para os pré-candidatos Dan Câmara, que é irmão de Silas e coronel da Polícia Militar do Amazonas – PM-AM; e ainda Joelson Silva (Patriotas), ex-presidente da Câmara Municipal de Manaus – CMM.
A propaganda antecipada, foi feita completamente fora da época de campanha, o que constitui crime eleitoral conforme o Tribunal Superior Eleitoral – TSE.
“Fazendo um raciocínio inverso, conclui-se que qualquer propaganda eleitoral, que tenha a finalidade de obter votos, será proibida do dia 5 de julho para trás, caracterizando-se como uma propaganda prematura e ilegal”, afirma a publicação no site do TSE.
Por tanto, ao usar o templo e o público que participava do culto, os membros foram induzidos pelo próprio pastor, que é político, e quer ser reeleito, dizendo que aquele público tem que chegar a 80 mil votos e que esses fiéis precisam empenhar-se. O video está disponível no youtube.
“O nosso deputado Silas precisa, em Manaus, de pelo menos 50 mil votos. Mas nós podemos chegar a dar 80 mil se nós quisermos, ou até mais. Os homens creem assim, Amém. Em Manaus, fora o interior do Estado. Os nossos queridos Dan e Silas, só Manaus pode elegê-los. O que vier do interior será uma bênção. Quantos creem que isso é possível? Digam glória a Deus!”, disse o pastor Moises.
O vice-presidente da igreja confrontou os fieis para se mobilizarem para a eleição dos seus escolhidos.
“Se você levanta a mão, abre a boca e se isso não é realmente algo verdadeiro, você não é homem de verdade! Mas, aqueles que aqui estão, são homens levantados por Deus, com propósito nessa terra, para fazer a diferença!”, confrontou Melo.
Na tentativa de contato com a assessoria dos citados, até a publicação desta matéria não obtivemos respostas. Ressaltamos que o espaço fica aberto para futuros direitos de respostas, referente ao assunto em questão.