A Associação Mães Unidas Pelo Autismo (AMUA) liderou uma manifestação nesta terça-feira, dia 7 de maio, em frente à Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA). Pais e responsáveis de crianças autistas reuniram-se pacificamente às 10h para protestar contra a escassez de medicamentos controlados, fraldas, alimentos especiais e insumos essenciais para o tratamento de seus filhos no estado.
O objetivo da manifestação foi chamar a atenção das autoridades para a grave situação enfrentada pelas famílias de crianças autistas no Amazonas. A falta desses itens essenciais compromete diretamente o cuidado e o bem-estar das crianças autistas, colocando em risco sua saúde e qualidade de vida.
O caso já foi levado ao Ministério Público do Amazonas (MPAM), e os pais agora pretendem apresentar suas demandas também ao Ministério Público Federal (MPF), buscando soluções urgentes para garantir o acesso contínuo e adequado aos tratamentos e recursos necessários para o cuidado de seus filhos autistas.
“Foi uma manifestação aonde conseguimos fazer barulho mesmo, a gente conseguiu protocolar a denúncia no Ministério Público Estadual e conseguimos protocolar a denúncia no Ministério Público Federal solicitando uma audiência pública. Vamos ficar no aguardo com relação a essa audiência”, disse a presidente da AMUA, Núbia Brasil.
Por meio de nota, a Secretária de Estado de Saúde (SES-AM) informou que a Central de Medicamentos do Amazonas (CEMA) disponibilizou ritalina (metilfenidato), aristab (aripiprazol) e risperidona nas 16 farmácias Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (Ceaf) do estado, para distribuição a pacientes que possuem cadastro e receita indicando o uso das medicações.
“A SES esclarece, ainda, que materiais como fraldas e sondas não fazem parte do rol de insumos que atendem pacientes portadores do transtorno do espectro autista, conforme orienta Ministério da Saúde e que a direção da Cema tem orientado pais e responsáveis de pacientes TEA sobre a questão”, complementou a nota.