O boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado nesta sexta-feira (3), vem com um alerta para o aumento do número de internações por SRAG (síndrome respiratória aguda grave) em decorrência da Covid-19.
O levantamento, que considera o período entre 19 a 25 de fevereiro, chama atenção para os estados do Amazonas e de São Paulo.
Em SP, “os dados mostram um crescimento recente da doença bastante claro no estado”, diz o comunicado.
Ainda segundo a Fiocruz, o momento atual é de cautela, porque o aumento das internações em alguns estados se concentra na população idosa, o que não é uma regra, afirma em nota o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes.
“O sinal que se inicia na população idosa é um reflexo de que o vírus pode estar ganhando força novamente, aumentando assim a sua transmissão.”
O especialista afirma ser fundamental que os grupos de risco atualizem a vacinação contra a Covid-19, especialmente aqueles elegíveis para tomar o reforço com o imunizante bivalente da Pfizer, que garante um nível mais alto de proteção contra as variantes mais recentes do coronavírus.
Nas seis semanas anteriores a 19 de janeiro, o InfoGripe mostra que 16 unidades da Federação tinham tendência de alta do número de internações por complicações respiratórias.
São elas: Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
“No AM, o crescimento de Covid-19 está aliado ao aumento simultâneo de influenza A (gripe), embora em menor intensidade. Já em São Paulo, observa-se crescimento de Covid-19 na população adulta, enquanto no quadro entre crianças e adolescentes ainda não seja possível identificar a causa específica a partir dos dados laboratoriais inseridos no sistema de notificação até o momento”, complementa o relatório.
O SUS começou a aplicar no último dia 27 a vacina bivalente da Pfizer contra a Covid-19, inicialmente em idosos e indivíduos imunossuprimidos.
Apesar de a exigência do uso de máscaras ter sido derrubada em praticamente todos os lugares do país, especialistas continuam a recomendar que pessoas de grupos de risco mantenham a proteção facial em locais fechados.