A frase tema deste pequeno artigo é de autoria de Moisés, em Êxodo 33:18. Mas o que mais me impressiona é que Moisés já tivera várias experiências sobrenaturais com Deus, a começar pelo episódio do seu chamado, quando viu a sarça ardente. Moisés assistira ao vivo e a cores as pragas, lançadas por Deus para convencer o coração duro de Faraó, a autorização de Faraó para que o povo saísse do Egito, o mar se abrindo, permitindo que o povo atravessasse a pés enxutos. O mesmo mar se fechando, dizimando todo exército de Faraó.
A lista de sinais e maravilhas assistidas e às vezes operadas pelo próprio Moisés é longa e vai do maná descendo do céu para alimentar a multidão, as perdizes para substituir o maná, a rocha vertendo água para matar a sede, da nuvem que cobria de dia todo o povo, livrando da insolação no deserto, da coluna de fogo que aquecia o povo das noites frias do deserto, até ao poste com a serpente de cobre, que curava as pessoas que fossem picadas pelas serpentes do deserto.
Moisés não se contentou em ser um grande líder e libertador de todo um povo. Nem se contentou com nenhum destes milagres sobrenaturais e nem com os materiais; ele queria mais, ele queria o próprio Deus. E é por isso que em Hebreus ele é descrito como alguém que via aquele que é invisível.
E como o ditado popular sugere que quem procura acha, Moisés conseguiu ver a glória de Deus e a maior prova disso é que, já no novo testamento, ele aparece numa reunião gloriosa, simpática e para muitos, de difícil explicação, na transfiguração, na companhia de Elias e Jesus, cabendo o uso de outro popular ditado: Dize-me com quem andas…
Eu sei que é clichê, mas muitas vezes queremos os milagres de Deus, mas não queremos o Deus dos milagres e na maioria das vezes, nunca fizemos um único esforço para ver o rei eterno imortal, invisível, mas real.
A glória de Deus não está resumida nos milagres, nos sinais, nas maravilhas. A glória de Deus é o próprio Deus.