Nascido em Barreirinha e reconhecido internacionalmente, o poeta amazonense Thiago de Mello faleceu nesta sexta-feira (14) aos 95 anos.
O poeta é autor de vários livros, entre eles: “Os Estatutos do Homem”, “Faz escuro, mas eu canto”, “Manaus, amor e memória”, “Silêncio e palavra”.
Artigo I
Fica decretado que agora vale a verdade.
agora vale a vida,
e de mãos dadas,
marcharemos todos pela vida verdadeira.Os Estatutos do Homem, de Thiago de Mello.
Obras literárias
Em março de 2021, Thiago de Mello completou 95 anos. Ao longo da carreira como literata, o poeta fez diversas parcerias artísticas, entre elas: com o cantor e compositor Sérgio Ricardo no show ‘Faz Escuro Mas Eu Canto’, dirigido pelo cronista e dramaturgo Flávio Rangel. Também fez parceria com o maestro Cláudio Santoro, que compôs uma peça sinfônica baseada em poemas de seu livro também intitulado ‘Faz Escuro Mas Eu Canto’.
Em 2006, gravou ‘A criação do mundo’, musicado por seu irmão, Gaudêncio Thiago de Mello.
Além de ‘Faz escuro, mas eu canto’, o poeta amazonense tem outros livros reconhecidos mundialmente, como ‘Silêncio e palavra’ e ‘Manaus, amor e memória’.
Uma de suas obras literárias mais famosas é o livro ‘Os Estatutos do homem’, divulgado pela Unesco, em 1982. A sua publicação mais recente, o livro ‘Acerto de Contas’, editado pela Global Editora, foi publicado em 2015.
Em comemoração aos 95 anos de Thiago de Mello, a Editora Valer publicou um documentário sobre a vida e a obra do poeta. O documentário é apresentado pelo poeta e escritor amazonense Tenório Telles, que exalta as contribuições culturais e sociais da obra de Thiago de Mello.
“Desde o seu primeiro livro, ‘Silêncio e Palavra’, percebe-se um poeta preocupado com a vida, preocupado com o ser humano, preocupado em encontrar um sentido para a sua existência. Thiago foi evoluindo ao longo da vida. Sua obra foi sendo marcada pelas circunstância do tempo”, ressaltou Tenório Telles.
“E nos anos 60, após o processo político vivido pelo nosso país, com o regime militar, sua posição assumiu uma conotação política. Prova disso é o seu livro ‘Faz escuro, mas eu canto’. O que define a sua obra é o seu profundo conteúdo de humanidade. E como ele diz, no poema ‘A Vida verdadeira’: ‘não, não tenho um caminho novo, o que tenho de novo é o jeito de caminhar’. Sua poesia é uma inspiração para os tempos que vivemos”, completou.
Segundo informações, o Governo deverá decretar Luto Oficial por três dias.
A causa da morte não foi divulgada.
Fonte: edilenemafra.com