O narcotraficante Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, de 37 anos, conhecido como Minotauro e apontado como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), vai permanecer preso em penitenciária federal por determinação do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
A defesa do traficante tinha conseguido a transferência dele para uma penitenciária em São Paulo.
Segundo a PF, Minotauro é um dos responsáveis por execuções na fronteira entre Brasil e Paraguai, relacionadas à disputa pelo comando do tráfico de drogas.
Entre os crimes atribuídos a ele estão os assassinatos de um policial civil de Mato Grosso do Sul, de uma advogada argentina e de um ex-empresário e candidato a prefeito.
Ele também estava envolvido na tentativa de resgate do traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefe do PCC.
Fronteira
A fronteira do Brasil com o Paraguai, em Ponta Porã, região sul de Mato Grosso do Sul, sempre foi marcada por execuções, tiroteios, tráfico de drogas e armas. O local é uma das principais portas de entrada de entorpecentes e armas de grosso calibre no país.
A característica violenta da região ganhou ares de guerra nos últimos anos com a disputa pelo controle do local entre facções criminosas. Junho de 2016 marcou a intensificação desta guerra com a morte de Jorge Rafaat, conhecido como “Rei da Fronteira”.
Quem é Minotauro
Minotauro foi preso em 2019 em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina. O traficante é ligado ao PCC, que age dentro e fora dos presídios.
Contra ele, havia dois mandados de prisão em aberto, um da Justiça de Mato Grosso do Sul e outro de São Paulo.
As investigações apontam que a facção do narcotraficante comandava os carregamentos de cocaína da Bolívia, que entravam no Brasil pela fronteira Sul de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A polícia afirma que, com a chegada de Minotauro, a violência aumentou na região.
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