Vídeo de câmera instalada no salão de festas onde o guarda municipal Marcelo Arruda comemorava o aniversário de 50 anos registrou o momento em que ele foi atacado a tiros pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho.
A gravação mostra Marcelo, que era tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR), caindo próximo a uma mesa, aparentemente ferido. Jorge se aproxima e efetua disparos. Ainda no chão, Marcelo revida e também atira.
Jorge corre em direção à saída, mas cai dentro do salão. Em seguida, uma pessoa se aproxima dele e começa a chutá-lo na cabeça. Jorge permanece imóvel. Do outro lado do salão, Marcelo se contorce enquanto pessoas se aproximam.
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Relatos ainda apontam que o policial penal entrou na festa gritando o nome de Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçou a todos. Logo depois, ele saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo”. Minutos depois, o policial penal chegou atirando no guarda municipal.
Família
Marcelo Arruda era casado e pai de quatro filhos, entre eles um bebê de 1 mês. Era guarda municipal havia 28 anos, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi) e tesoureiro do PT local. Nas eleições de 2020, saiu candidato a vice-prefeito de Foz pelo Partido dos Trabalhadores.
A Polícia Civil está investigando o assassinato. Uma das primeiras medidas foi requisitar as imagens das câmeras de monitoramento para a diretoria da Aresfi, que se comprometeu a entregá-las. As armas foram encaminhadas para perícia.
Em nota, o PT nacional lamentou a morte de Marcelo Arruda.
“Cobramos das autoridades de segurança pública medidas efetivas de prevenção e combate à violência política, e alertamos ao Tribunal Superior Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal para que coíbam firmemente toda e qualquer situação que alimente um clima de disputa violenta fora dos marcos da democracia e da civilidade. Iniciativas nesse sentido foram devidamente apontadas pelo PT em várias oportunidades, junto ao Congresso Nacional, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, diz a nota.
“Marcelo, não esqueceremos de você, em sua memória continuaremos na luta contra a violência, a injustiça e a intolerância. Presente, hoje e sempre!”, conclui a nota assinada pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR).
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