Em operação contra o garimpo ilegal no Rio Madeira, no Amazonas, realizada pela Polícia Federal (PF) com o apoio das Forças Armadas, três pessoas foram presas e 131 balsas utilizadas pelos garimpeiros foram apreendidas ou destruídas no fim de semana.
Após o surgimento da informação de que havia ouro na região, um trecho do Rio Madeira, foi invadido por centenas de balsas e dragas com a presença de garimpeiros. Há cerca de 15 dias, as embarcações começaram a se instalar próximo à comunidade de Rosário, no município de Autazes (distante 113 quilômetros da capital amazonense), formando uma espécie de “vila flutuante”.
Não é de hoje que há a presença de garimpo ilegal na região, no entanto, a quantidade surpreendeu. De acordo com o porta-voz da Campanha Amazônia, do Greenpeace Brasil, Danicley de Aguiar, há mais de 300 balsas no rio. O órgão constatou ainda que as embarcações estão efetivamente trabalhando no leito do rio Madeira, extraindo ouro numa região situada entre as cidades de Autazes e Nova Olinda do Norte.
Na última terça-feira (23), o Greenpeace realizou um sobrevoo na região para confirmar a invasão dos garimpeiros. Danicley de Aguiar declarou que o que aconteceu pode ser considerado uma “vergonha nacional”.
Na sexta-feira (26), os garimpeiros se dispersaram do local, mas alguns continuaram de forma ilegal. A Polícia Federal não informou quanto ouro foi apreendido e o que foi feito com as outras balsas. Não há informações também sobre outras pessoas que estavam nas balsas e não foram presas nem como será feita a fiscalização da área depois da operação.