SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Duas clínicas ligadas à dentista Camilla Groppo, investigada em Minas Gerais por fazer lipoaspirações de papada que teriam causado infecções em pacientes, foram alvo de busca e apreensão da Polícia Civil na terça-feira (23).

Uma casa em um condomínio de luxo em Belo Horizonte também foi alvo das buscas.

Os policiais recolheram um celular e um tablet da dentista. Também foram levados diversos documentos, inclusive os prontuários das pacientes que, segundo a polícia, deveriam estar no consultório, mas estavam guardados na residência da investigada.

O delegado Alessandro Gema falou em novas vítimas de Camilla. “As investigações prosseguem com celeridade, tendo em vista o surgimento de novas vítimas, coleta de seus depoimentos e a necessidade de aguardar os resultados dos exames periciais realizados para concluir o inquérito policial”.

O UOL tenta contato com a dentista sobre os mandados de busca e apreensão. Caso haja resposta, o texto será atualizado.

A dentista é investigada após ser denunciada por pacientes que desenvolveram infecções depois de procedimentos estéticos em MG. O caso veio à tona no mês passado.

Mais de dez pacientes tiveram infecção após lipoaspirações de papada. A dentista Camilla Groppo também faz bichectomias, cirurgia que remove gordura das bochechas.

A Polícia Civil diz que uma das clínicas foi interditada duas vezes pela Vigilância Sanitária.

Em nota ao UOL no mês passado, a defesa de Camilla afirmou que a dentista tem a formação necessária para realizar os procedimentos e que sempre agiu com zelo. “O processo infeccioso em pós-procedimento pode ter várias razões, por isto, é prematuro atribuir culpa à conduta desta profissional, a qual está à disposição dos órgãos para um esclarecimento melhor dos fatos”.