Por mais de duas horas, uma cena de caos e perigo tomou conta da Rua Paxiúbas, no Conjunto Clicia, bairro Dom Pedro. Arruaceiros desafiavam o trânsito e a segurança pública ao promoverem corridas ilegais de carros e motos em plena via pública.
A situação, que ocorreu entre 21h e 22h da noite, começou quando os veículos saíram da empresa Espantalho e se posicionaram na rua, bloqueando o tráfego para dar início ao famigerado “racha”. Ônibus e carros foram obrigados a parar, enquanto os participantes davam continuidade ao perigoso evento.
Os moradores, alarmados com a situação, prontamente acionaram a polícia, preocupados com a segurança pública e a perturbação do sossego. No entanto, a resposta das autoridades foi frustrante, com relatos de demora na chegada das equipes ao local.
Silvana Torres, 28 anos, residente na área, expressou sua indignação não apenas com a imprudência dos indivíduos envolvidos, mas também com a demora da polícia em agir. “Eu liguei mais cedo, a polícia pediu o endereço, disse que uma equipe já estava a caminho e até o momento a situação só está ficando mais perigosa”, destacou.
O popularmente chamado “racha” é uma infração de trânsito gravíssima, conforme definido no Código de Trânsito Brasileiro, e representa um sério risco para a segurança viária e a integridade dos cidadãos.
Allan Kardec, 30 anos, consultor comercial, compartilhou sua angústia ao tentar atravessar a área afetada. “Eu estou com medo de bater o meu carro, esse pessoal tá sem autorização para fazer isso, tá atrapalhando o trânsito, tem até ônibus tentando passar”, relatou.
Apesar dos apelos das vítimas e das inúmeras ligações para as autoridades competentes, incluindo a polícia e o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU), até o fechamento desta matéria, nenhuma intervenção efetiva foi realizada.
A equipe de reportagem tentou contatar a assessoria da empresa onde acontecia o evento, mas não obteve retorno até o momento. O espaço permanece aberto para eventuais declarações.
Diante do perigo iminente e da falta de resposta das autoridades, os moradores clamam por ações imediatas para coibir essas práticas ilegais e garantir a segurança e a tranquilidade da comunidade.