Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Com a maior escassez hídrica no Brasil em 91 anos, a necessidade de racionar energia para evitar novos apagões como os que aconteceram em 2001 vai atingir a economia brasileira. O bolso do consumidor e a produção de outros bens têm sentido o peso da falta de chuvas e do aumento aumento temperatura, que faz com que os reservatórios de água das hidroelétricas — principais geradores de energia elétrica do País — fiquem cada vez mais escassos.
Em suas lives semanais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pede que a população economize energia elétrica e classifica a crise energética como um “problema sério”. “O problema é sério. Eu vou tentar fazer um apelo a você que está em casa agora. Eu tenho certeza que você pode apagar um ponto de luz agora. Eu peço esse favor pra você. Assim você estará ajudando a economizar energia e a economizar água das hidrelétricas”, declara.
De acordo com economistas, caso o governo federal adote um racionamento, o Produto Interno Bruto (PIB) corre risco de encolher em 2022. Mesmo sem o racionamento, as medidas já tomadas pelo governo já aumentam os custos das empresas.
“Medidas que afetem a oferta de energia sempre provocam impacto na economia. A energia é um insumo de produção. Sem energia, as máquinas não ligam”, declarou o professor de economia da Faculdade Armando Alvares Penteado (Faap), Sillas de Souza Cezar
Em 2001, o PIB brasileiro fechou o ano com avanço de 1,4%, mas esse desempenho poderia ter sido melhor, se a economia não tivesse se retraído em 0,2% durante o racionamento, que começou em julho de 2001 e só acabou em fevereiro de 2002.
* com informações do UOL