Instituto Colombiano de Assistência à Família está cuidando das crianças, que foram hospitalizadas após passarem 40 dias sozinhas na selva.
Uma batalha pela custódia das crianças indígenas que ficaram perdidas na Amazônia colombiana começou entre os parentes dos quatro irmãos, que foram encontrados na sexta-feira (9) após 40 dias de buscas.
O Instituto Colombiano de Assistência à Família (ICBF) informou na segunda-feira (12) que as autoridades ainda não decidiram se os irmãos ficarão sobre os cuidados dos avós ou do pai, que foi acusado de violência doméstica, segundo a AFP.
Os irmãos, com idades entre 1 e 13 anos, sobreviveram sozinhos na floresta da Colômbia após o avião em que elas estavam cair. A mãe dos jovens, o piloto e um líder indígena que também estavam na aeronave morreram.
As crianças foram hospitalizadas e devem permanecer internadas por mais alguns dias para se recuperar. Cáceres disse que, enquanto isso, as autoridades estão avaliando os cenários para decidirem com quem ficarão os pequenos.
Eles me abraçaram dizendo ‘pai, pai, vamos pra casa’. Eu disse a eles que os médicos precisavam examiná-los porque eles passam muito tempo na selva, então eles permaneceriam sob os cuidados do ICBF e depois chegaríamos a um acordo para que elas fossem entregues a nós”, disse Narciso Mucutuy, avô materno das crianças, à Reuters.
Pai acusado de violência doméstica
No domingo (11), o avô materno, Narciso Mucutuy, acusou o pai de dois dos jovens, Manuel Ranoque, de bater na mãe das crianças, que morreu no acidente. Falando com a imprensa, Ranoque reconheceu que o casal tinha problemas, mas caracterizou isso como um assunto privado e não “fofoca para o mundo”.
Acho que vou viver em tempo integral em Bogotá porque tenho problemas com a frente de Carolina Ramirez que está procurando por mim para me matar”, afirmou à Reuters. “Fui ameaçado. Para eles, sou um alvo, pois conheço toda a área. Tenho medo que essas pessoas sem-vergonha comecem a me pressionar por causa dos meus filhos, e não permitirei isso enquanto estiver vivo.”
Texto:G1