No último sábado (20), a capital amazonense amanheceu com uma enorme quantidade de fumaça tóxica, poluindo o ar e comprometendo a saúde da população de Manauara e de outros municípios fora do estado como Altamira e Novo progresso (PA).
Após pancadas de chuva na madrugada de sábado (20), o céu amanheceu cheio de nuvens carregadas de fumaça que foram vistas em todas as zonas da cidade. Além da capital, municípios como Apuí, Novo Aripuanā, Manicoré, Humaitá e Nova Olinda do Norte também foram afetados pela fumaça e o vento frio.
A Secretária Estadual de Meio Ambiente (Sema), informou que o fenômeno está diretamente relacionado às queimadas na Floresta Amazônica. A influência na expansão da fumaça, está ligada a uma massa de ar polar que faz com que os efeitos da fumaça sejam transportados para algumas regiões.
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o foco de queimadas registradas nos primeiros 15 dias de agosto, no estado do Amazonas, já superam os dados de todos os outros meses de 2022.
Na última quarta-feira (17), satélites detectaram um corredor atmosférico com fumaça se formando a partir das queimadas na Amazônia. As nuvens de fumaça vistas na capital no último sábado (20) podem ter ligações diretas com esse corredor atmosférico. A imagem foi registrada pelo satélite SENTINEL 5 COPERNICUS, com seu sensor de CO2. A divulgação da imagem foi feita pela Adam Platform.
A região amazônica já havia mostrado um aumento exponencial de aerossóis por queimadas nos últimos dias segundo os satélites da NOAA.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que se o número de focos aumentarem, outras regiões sentirāo os seus efeitos, assim como outros países como parte da Bolívia e também Portugal.