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Preso nos EUA depois de duas semanas foragido, o brasileiro Danilo Cavalcante, de 34 anos, foi encontrado graças, em parte, a uma tecnologia de detecção de calor presente em um helicóptero da DEA, a agência de combate ao tráfico de drogas dos EUA, que auxiliava a polícia da Pensilvânia no caso.

Condenado à prisão perpétua por matar a ex-namorada, a também brasileira Daniela Brandão, com 38 facadas, Cavalcante havia fugido da prisão em 31 de agosto. Um vídeo de sua fuga mostra ele escalando duas paredes paralelas de um corredor, apoiando-se com os pés em uma e as mãos em outra. O vídeo viralizou no mundo todo e sua fuga gerou uma caçada no Estado da Pensilvânia, onde fica a prisão de onde Cavalcante fugiu.

Os sensores de calor usados para capturar foragidos e identificar inimigos em guerras são aparelhos que detectam ondas infravermelhas e as convertem em imagens. Tudo o que vemos em nosso dia a dia emite ondas infravermelhas – até o gelo -, e a sutil variação na quantidade de ondas permite que o sensor faça uma imagem com as diferentes temperaturas.

Por isso, sensores de calor “veem” no escuro, em ambientes enevoados e “através” de objetos opacos.

‘Mordida leve’

A temperatura média do corpo humano é de aproximadamente 37º C, ou seja, mais quente que a temperatura normal na maioria dos lugares, o que o torna muito distinguível do ambiente e localizável pelo sensor em locais e situações onde seria difícil encontrar alguém a olho nu – como sobrevoando uma floresta à noite.

Na captura de Cavalcante, o helicóptero com o sensor foi usado para sobrevoar uma mata na região onde o fugitivo havia disparado um alarme de segurança, segundo a polícia.

A busca começou na madrugada e o avião captou o sinal de calor no meio da mata.

Uma tempestade obrigou a força tarefa a retirar a aeronave da área, mas a equipe no chão continuou fazendo um cerco ao fugitivo até que mais recursos fossem acionados.*Confira a matéria completa no BBC.