Foto: divulgação

Após 43 dias separadas, Molly, um ave pega (magpie, em inglês), e sua fiel companheira Peggy, uma pit-bull, estão novamente reunidas. No início de março, a ave foi apreendida por autoridades responsáveis pela vida selvagem da Austrália sob a afirmativa de que pegas não são animais domésticos e só deveriam ser alojadas por seres humanos temporariamente para fins de “reabilitação”.

Os tutores Juliette Wells e Reece Mortensen resgataram a ave em 2020 e a mantiveram como parte da família até a apreensão. Da convivência surgiu um laço genuíno entre Molly e a cachorrinha Peggy. Com informações do Metrópoles.

A relação entre as duas, inclusive, é acompanhada na internet por mais de 800 mil seguidores, pelo nome conjunto Peggy&Molly. Molly sabe até imitar o latido dos cães e brinca no chão com os outros animais da casa.

Apreensão

Em março, a ave foi apreendida com a justificativa de não ser um animal doméstico. Nas redes sociais, os tutores de Molly postaram um vídeo no qual anunciam ter entregue a ave ao departamento ambiental por pressão de um “pequeno grupo de pessoas que reclamam constantemente” que o animal está sob os cuidados de humanos.

À época, uma campanha pedindo a devolução de Molly ganhou as redes sociais e envolveu até autoridades. Steven Miles, governador de Queensland, declarou acreditar que a ave deveria voltar para a guarda da família. “Acho que às vezes o bom senso precisa prevalecer.. e se você olhar para a história, há uma decisão possível que é melhor”, declarou. A apreensão do animal resultou ainda em uma petição de apoio à família que angariou milhares de assinaturas.

Play Vídeo Ainda no período, o Departamento de Meio Ambiente, Ciência e Inovação (Desi) do Estado de Queensland soltou uma nota que dizia que “a ave já está muito habituada com o contato humano, impossibilitando a soltura na natureza”.

Retorno ao lar

Na segunda (15/4), a ave retornou ao lar da família (assista ao vídeo aqui), após o órgão responsável definir uma série de medidas que garantiram uma autorização especial ao casal de tutores. Entre elas está a proibição de lucrar com a imagem do animal, além de ser obrigatório a participação dos dois em um treinamento em vida selvagem no Desi.

O casal australiano também teve que se comprometer em assumir papel de defesa e educação pública para conscientizar cidadãos acerca dos cuidados que devem ser tomados com a vida selvagem nativa, bem como sobre habilidades especiais necessárias para fazer resgates, e, assim, ajudar a garantir o bem-estar dos animais que vivem nos ambientes naturais da região.