Era uma vez um sapo e um escorpião que estavam parados à margem de um rio.
_Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio? – Perguntou o escorpião ao sapo.
_De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu lhe ajudar, você me mata em vez de me agradecer.
_Mas, se eu te picar com meu veneno – respondeu o escorpião com uma voz terna e doce -, morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.
O sapo concordou.
Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.
_Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados! – disse o sapo.
E o escorpião simplesmente respondeu:
_Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la.
Assim foi com a anistia. Anistiaram os “políticos” e eles criaram a Comissão da Verdade para picar os militares.