Lutando pelos seus direitos, professores estão denunciando o ‘calote’ que o governador Wilson Lima (União Brasil) está dando na educação no Amazonas ao negligenciar o pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Precatórios do Fundef, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Amazonas (Sinteam), é um dinheiro que não pertencia aos trabalhadores, mas que com muita luta dos profissionais da educação, foi conquistado por meio da Emenda Constitucional nº 114, com ajuda de deputados federais, mas somente em 2022 conseguiram ter o dinheiro de fato para trabalhadores em educação que estavam na ativa no período entre 1998 a 2006, independentemente de estarem aposentados ou não.
O Sindicato também afirma que a 3ª parcela está nos cofres públicos do estado desde março, mas que o governo Wilson Lima se nega a fazer o pagamento.
“Lá atrás, estes deputados e este governo mentiram para nós, o que é nosso, está nas mãos dele, e ele se recusa a pagar. Mas nós do Sinteam, com nossos advogados, vamos continuar lutando para que seja executado, porque é uma Emenda Constitucional, e o que eles se baseiam para não nos pagar é uma orientação do Ministério Público Federal (PMF), orientação não é lei, mas a Emenda Constitucional, sim, é lei e precisa ser executado”, afirmou Ana Cristina Rodrigues, presidente do Sinteam, em um vídeo publicado nas redes sociais.
O portal Amazônia Press entrou em contato com profissionais da educação que estão sendo prejudicados pela má administração do governador Wilson Lima e que estão indignados com a falta de compromisso do estado em valorizar seus trabalhadores.
“Somos professores, temos a terceira parcela do Fundef para receber, que era para ser pago este ano, disseram que ia ser pago em agosto, depois setembro, e não saiu. Esse dinheiro é nosso, não tem nada a ver com ele usar para outro lugar. Nós professores temos direito a esse Fundef”, afirmou a professora aposentada Mônica Dantas em exclusividade ao Amazônia Press.
A professora disse ainda que os educadores receberam a 1ª parcela em 2022, a 2ª em 2023, e que a deste ano seria a 3ª parcela, mas que existe uma má vontade em cumprir o prometido.
“O governador Wilson Lima deveria ter pelo menos vergonha na cara, porque enganou todos os funcionários públicos, principalmente a gente da educação, não liberou nossa 3ª parcela do Fundef, essa parcela é nossa. Se depender do funcionário público e da educação, ele não se elege nunca mais. Ele viu o que aconteceu agora nesta eleição, né? Com o candidato dele”, ressaltou a entrevistada ao falar sobre o enfraquecimento político de Wilson Lima.
Mesmo aposentada, Mônica se preocupa com os rumos de todos os profissionais da educação que ainda estão em atividade e das futuras gerações.
“Data-base e tudo que a gente tem direito, esse governador ‘Pinóquio’ enganou a gente. Eu espero que os deputados nos ajudem, principalmente os que são professores, porque a gente está à mercê realmente desse governador que não está nem aí para a saúde, educação e segurança”, finalizou Mônica.
A equipe de reportagem do portal Amazônia Press entrou em contato com a Secretaria de Educação (Seduc), e com a Assessoria de Comunicação do Governo do Amazonas, mas até a publicação desta matéria não obtivemos retorno.
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