Marcos 1:39-45
39 – E pregava nas sinagogas deles, por toda a Galiléia, e expulsava os demônios.
40 – E aproximou-se dele um leproso que, rogando-lhe, e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me.
41 – E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo.
42 – E, tendo ele dito isto, logo a lepra desapareceu, e ficou limpo.
43 – E, advertindo-o severamente, logo o despediu.
44 – E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
45 – Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
INTRODUÇÃO – Há uma necessidade urgente de adoração. Deus não precisa da nossa adoração, mas busca, procura, adoradores que O adorem em Espírito e em verdade.
E esta adoração litúrgica, teatral, gestual, coreográfica, mântrica, de quinze minutos na igreja, aos domingos, é muito boa, mas não é suficiente para ser classificada como uma vida de adoração.
Uma vida de adoração é quando decidimos ser santos como é santo o nosso pai que está no céu; é quando decidimos ser imitadores de Deus, como filhos amados e isto engloba o nosso testemunho, o nosso caráter e a nossa personalidade.
Quando Jesus apostou que nós seríamos a luz do mundo e o sal da terra, automaticamente criou duas possibilidades: é possível ser santo e é obrigatório ser santo.
Quero aqui deixar muito claro que todos podem adorar, como está amplamente provado através de vários relatos nos evangelhos. O assunto aqui é outro. Estamos falando de uma vida de adoração e não de lampejos de adoração.
A passagem bíblica do evangelho de São Marcos, que é tema desta mensagem, deixa muito evidente que todos podem adorar, independentemente da sua condição moral, espiritual, sentimental ou de saúde.
O personagem central da passagem acima ainda estava leproso quando adorou ao Senhor.
O mais interessante é que ele nos dá algumas condições vitais para que tenhamos uma vida de adoração, que veremos a seguir
PRIMEIRA PARTE – APROXIMOU-SE DE JESUS – Se quisermos ser verdadeiros adoradores, se quisermos ter uma vida de adoração, precisamos nos aproximar de Jesus.
E não adianta alegarmos que estamos próximos, quando Deus, no sermão de domingo passado, lamentou dizendo que O louvamos com os lábios mas o nosso coração está distante dEle.
E este aproximar não é físico; não é estar colado no Senhor. Afinal, quando Jesus andava pelas cidades e vilarejos, a multidão o cercava e muitas das vezes até o comprimia. E isto está muito patente na passagem sobre a cura da mulher com o fluxo de sangue, de Mateus 9, que quando Jesus pergunta quem havia lhe tocado, os próprios discípulos disseram que a multidão estava apertando a Jesus.
Este aproximar do Senhor é um aproximar em Santidade, em purificação, em perfeição, Precisamos desejar ser santos, irrepreensíveis em todo o nosso procedimento.
POS-SE DE JOELHOS – Quebrantou-se. Precisamos de mais quebrantamentos. Estamos vivendo a era dos super crentes, dos mais que vencedores, como se o fracassado não tivesse direito a graça ou não vivesse na dependência da vontade de Deus. O pior é que taxamos os fracassados de pecadores sem fé.
ROGOU-LHE – Notem que ele não determinou, não cobrou do Senhor as suas promessas. Não ele rogou; ele humildemente pediu.
DESEJOU SER LIMPO – É muito importante desejarmos ser limpos. Mesmo conhecedores que somente o sangue de Jesus Cristo é que nos purifica de todo o pecado, muita das vezes não desejamos ser limpos e até achamos a nossa sujeira uma virtude.
Este desejo de ser limpo começa por uma permissão ao Espírito Santo de Deus para expor todos os nossos defeitos ou aqueles defeitos que somente são defeitos aos olhos do Senhor.
RESPEITOU A SOBERANA VONTADE DE JESUS – Mais uma vez não cobrou, não exigiu, não lembrou, não determinou. Muito pelo contrário, deixou a critério de Jesus limpar ou não.
SEGUNDA PARTE – TODA AQUELA MANIFESTAÇÃO DE ADORAÇÃO É SUBSTITUÍDA PELA DESOBEDIÊNCIA – 44 – E disse-lhe: Olha, não digas nada a ninguém; porém vai, mostra-te ao sacerdote, e oferece pela tua purificação o que Moisés determinou, para lhes servir de testemunho.
45 – Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas, e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
Talvez movido pela empolgação, saiu dali e foi proclamar aos quatro ventos o milagre que havia recebido, prejudicando grandemente a obra de Jesus naquele lugar.
As vezes, o nosso testemunho, a nossa conduta, os nossos procedimentos tem servido de barreiras para que as pessoas venham até a Jesus. Muitas das vezes servimos mais para pedra de tropeço do que sermos testemunhas do evangelho da salvação.
Uma simples, despretensiosa e até bem intencionada manifestação, põe por terra toda a nossa adoração.
Mas poderíamos até argumentar sobre a inocente atitude do ex leproso, dizendo que estava divulgando o evangelho. Mas, se Jesus o ordenara a ficar quieto e ele desobedeceu, incorreu no pecado da desobediência, que para a Bíblia, é comparado ao pecado da feitiçaria.
CONCLUSÃO – Se Deus nos criou para o esplendor da sua própria glória, a iniciativa de adoração deveria partir de nós. É triste que mesmo com o plano da salvação, que é acima de tudo redentor, os filhos, que se acham detentores da salvação, não tenham atentado ainda para uma vida de adoração.
Deus não divide a sua glória com ninguém, mas ele mesmo quer que sejamos participantes desta glória.
Então, uma vida de adoração é acima de tudo, uma vida ligada intimamente ao pai a ponto de sermos capazes de declarar, como o Apóstolo Paulo declarou: nada me separará do amor de Deus, que está em Cristo Jesus.
Sejamos verdadeiros adoradores.
EDSON E LENIR DE JESUS – São Pastores da Igreja Batista Bíblica de Flores – Uma Igreja de Poder – Manaus – AM.
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