Não é a primeira vez que o nome do vice-prefeito de Urucurituba, Leôncio Tundis, aparece como alvo dos órgãos públicos e dessa vez não foi diferente. O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) ajuizou uma ação pública para denunciar Tundis de improbidade administrativa por alugar sua própria casa à prefeitura para servir de hotel para médicos do município.

De acordo com o órgão, o vice-prefeito violou a lei 8.429/1992, que define os atos de improbidade administrativa. Conforme o MP, o vice-prefeito já faturou R$ 180 mil com o aluguel do imóvel, que inicialmente serviu de sede da Secretaria de Saúde.

O contrato de aluguel foi feito em nome da esposa do cunhado do vice-prefeito, por um valor mensal de R$ 5 mil. Conforme o mercado imobiliário do município, o imóvel de Tundis para aluguel é de, no máximo, mil reais. Diante disso, ele prejudicou os cofres públicos de Urucurituba com o negócio superfaturado.

Conforme investigações feitas até o momento, o prefeito, além de secretários, comissão de licitação e familiares de Tundis, são suspeitos de envolvimento com o esquema de fraude.

Diante das irregularidades apontadas, o MPAM solicita a autuação da ACP e a notificação dos envolvidos para que apresentem suas defesas.

O Ministério Público também requer a decretação da indisponibilidade de bens dos requeridos no valor de R$ 255.789,36, a declaração de nulidade do contrato de locação e a condenação dos promovidos conforme o artigo 12, inciso II, da Lei n° 8429/92.

Tentamos contato com a assessoria do município mas, até o presente momento, não obtivemos respostas.