Em vídeos gravados por uma câmera de circuito interno instalada em uma clínica particular, em Manaus, os pais da criança autista conseguiram comprovar as agressões. A vereadora Thaysa Lippy (PP), uma das defensoras da causa autista, se manifestou no plenário da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta terça-feira (05), pedindo que o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 12º Região (Crefito-12) apure o caso e casse o registro da terapeuta.
O pedido é que o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 12º Região (Crefito-12) Amazonas apure e casse o registro da terapeuta ocupacional e fisioterapeuta, Samia Patricia Riatto Watanabe, denunciada pelo crime de maus-tratos contra uma criança autista de 8 anos. A vereadora Thaysa disse que conversou em seu gabinete com os pais da criança, que preferem não ser identificados, e que já está dando o apoio jurídico a eles. Os pais denunciaram a terapeuta no 22º Distrito Integrado de Polícia, que já concluiu o Inquérito Policial (IPL) e remeteu à Justiça.
A família do garoto descobriu as agressões ao assistirem aos vídeos gravados por uma câmera de circuito interno instalada na Speciale Clínica Multidisciplinar, em Manaus, onde a terapeuta realizava os atendimentos. Em nota nas redes sociais, a clínica pronunciou-se dizendo que desde junho deste ano, “após fatos administrativos que infringiram as normas da referida clínica, decidiu por bem rescindir a prestação de serviço, bem como cancelar a permissão de utilização de espaço para atendimento da terapeuta ocupacional”.
Após o pronunciamento de Thaysa sobre o caso, outros vereadores também se manifestaram a favor da cassação do registro profissional de Samia Riatto. A Polícia Civil (PC) investigou o caso por meio do termo circunstanciado nº 00000639/2021 por suposto crime de maus-tratos. O caso já tramita na 15ª Vara do Juizado Especial Criminal, sendo a última movimentação oficial um despacho da juíza Sanã Nogueira Almendros de Oliveira determinando a notificação do titular da ação (MPAM) para providências.
À polícia, Samia Watanabe negou as agressões e denúncia de maus-tratos e disse que a “batida na cabeça” e os puxões tratam-se de um método chamado propriocepção e reforço sensório social, que fazem parte do tratamento. Ela também disse em depoimento que em momento algum deixou o menor sem atenção.
Foto: Rede Social