A vereadora casou-se no início do mês com o advogado Paulo Feitosa, e após o casamento, realizou uma viagem para a Disney, retornando ao Brasil no dia 15 de fevereiro. Mesmo estando respaldada pelo regimento interno da CMP e justificando a ausência, antes do prazo final para prestar esclarecimentos ao Poder Legislativo Municipal, sofreu duras críticas por diversos veículos de comunicação.

Confira o vídeo que a parlamentar de Parintins publicou em suas redes sociais:

“Oi, gente, tudo bem? Estou aqui pra esclarecer uma notícia que está circulando na mídia, e que tem me deixado profundamente chateada, indignada, por ser absolutamente incorreta, injusta, imoral, provocando um grande lixamento virtual sem cabimento. Me atingindo de maneira pessoal, num dos momentos mais importantes da minha vida, que foi o meu casamento e minha lua-de-mel, os quais eu tenho direito e estou amparada legalmente.

Segundo o próprio Regimento Interno da Câmara dos Vereadores de Parintins para quem não conhece e não teve a decência de verificar, no artigo 20, parágrafo quarto, inciso sétimo, o vereador ou vereadora tem o direito de se licenciar, por motivo de matrimônio, pelo prazo de sete dias, contados a partir do fim do recesso parlamentar e ainda no artigo 136. Onde eu entrarei em mais detalhes na sessão legislativa que também é meu lugar de fala. Que é na próxima segunda, onde ali sim serão tratados assuntos da municipalidade, serão discutidos assuntos inerentes ao interesse da população, e que na sessão que eu faltei, “porque estava usufruindo de um direito meu”, onde não burlei e nem infringe nenhuma lei, a única atuação foi a fala anual do prefeito.

O recesso da Câmara encerrou no dia 15 de fevereiro, com a sessão solene de abertura dos trabalhos com a leitura da mensagem do prefeito. Para quem não sabe a primeira sessão ocorre dessa forma, há a leitura do texto bíblico e todos os demais presentes assistem a leitura do prefeito. Só não participei dessa reunião porque ainda estava em trânsito de volta para o Brasil, feliz por ter realizado um sonho e usufruindo de mais uma vez, um direito meu e de qualquer cidadão conforme as leis que regulam seu regime trabalhista e no meu caso o regimento interno que me ampara.

Afirmo ainda para os desatentos e desinformados que o prazo para o comunicado de minha licença não havia expirado e em nenhum momento pedi que minha falta fosse abonada, como foi falsamente noticiado. Mesmo assim, comuniquei que estava em compromisso pessoal, inadiável e intransmissível. Até isso foi motivo de chacota. Ora, só se casa uma vez, pelo menos no meu caso. Outra, eu já tinha adiado duas vezes o meu casamento, há dois anos tentando casar, por isso decidimos casar em uma cerimônia civil apenas para familiares e em um outro momento eu festejaria conforme os nossos planos em uma cerimônia religiosa com todos os nossos amigos e familiares.

E em se tratando ainda do meu casamento e a minha lua de mel, eu iria delegar isso para outra pessoa? Se tratando, sim, de um compromisso inadiável e intransmissível.

Em uma tentativa de me desqualificar, desmoralizar o meu trabalho e a minha pessoa. Quero lembrar que, apesar de estar apenas no primeiro mandato, só no ano passado, eu apresentei inúmeros requerimentos, indicações, projetos, solicitando serviços para a população de Parintins e apresentei projetos de lei importantes, como a Criação do Conselho de Transparência e Combate à Corrupção, Campanha Permanente de Combate à Pobreza Menstrual com distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social e para as jovens das escolas municipais. Apresentei projeto que proibia a entrega de obras públicas inacabadas pela administração pública e, pasmem, todos rejeitados. Requerimento que solicitava informações acerca de 30 processos licitatórios no valor de mais de R $20 milhões de reais destinados ao combate á covid-19 só no ano de 2020. Rejeitado.

Requerimento solicitando informações acerca do que foi feito com os mais de R$4 milhões de reais enviados para o combate à covid -19 entre o mês de janeiro até setembro do ano de 2021, mesmo tendo 0 internações no mês de setembro o município recebeu mais de R$2 milhões de reais.  E adivinhem: rejeitado. O meu direito de vereadora de fiscalizar: tolhido. Todos os projetos de benefício para a população negados. Tirem suas próprias conclusões. Uma prova clara da tentativa de anular a atuação de uma vereadora eleita pelo povo de Parintins.

Será que é por conta de minha atuação parlamentar independente? E aí eu tenho sido vítima de constante perseguição política, e dessa vez por estar usufruindo de um direito legítimo.

E mais uma vez reafirmo que eu sempre vou lutar pelos direitos da população e jamais vão conseguir me calar. Não é isso que vai diminuir ou limitar a minha atuação como parlamentar. Aqui é Davi contra Golias. Boa noite.