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Vídeos encaminhados para a redação do portal de notícias Amazônia Press mostram motoristas de veículos de pequeno e grande porte enfrentando dificuldades ao trafegar em um trecho da BR-174, localizado na reserva indígena Waimiri Atroari. A rodovia federal, conhecida como Manaus-Boa Vista, é a responsável por fazer a ligação entre os estados de Roraima e Amazonas e o trecho não colabora para o tráfego de trabalhadores e da população em geral por estar intrafegável e precário.

Conforme outras denúncias recebidas no início de fevereiro de 2023, de Presidente Figueiredo até a reserva Waimiri Atroari, localizada na divisa do Amazonas com o estado de Roraima possuem trechos da BR que não existem asfalto. Um vídeo gravado por volta das 16h deste domingo (05) mostram um caminhão atolado no local e, segundo informações, um carro que foi desviar também ficou na mesma situação. Ambos precisaram ser retirados com o auxílio de um trator. Em decorrência do ocorrido, um longo congestionamentos de veículos de grande porte se formou no trecho.

O motorista Francisco de Ribamar Araújo destacou que a estrada sempre apresentou problemas, prejudicando o trabalho dos profissionais da área, e que a situação só tem piorado.

“Eu acredito que a experiência de um motorista na BR-174 – se não fosse a quantidade de buraco que tem e as inúmeras árvores que batem no retrovisor da gente – seria uma viagem muito boa e tranquila. É uma viagem que você faria em doze horas mas, devido a quantidade de buracos e árvores no meio da pista, estamos fazendo em torno de 17 horas. Seria uma viagem que a gente faria mais rápido se tivesse uma condição melhor também na BR, mas infelizmente a rodovia hoje é um caos. Não melhorou nada, só está piorando e quando chove fica pior e mais perigosa ainda”, explicou.

Não é a primeira vez que o portal Amazônia Press recebe denúncias e reclamações voltadas ao trecho. Em dezembro de 2022, caminhoneiros, carreteiros e a população no geral que utilizam a rodovia com frequência denunciaram as condições intrafegáveis da rodovia que segue repleta de buracos e crateras. Conforme a denúncia, a precariedade se encontra em 56 km no Amazonas e 74 km em Roraima.

Por meio de nota enviada ao portal Amazônia Press no início de fevereiro deste ano, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) alegou que o volume intenso de chuvas tem atrasado a execução dos serviços, mas a empresa encontra-se mobilizada para dar continuidade assim que as condições climáticas forem favoráveis. O valor a ser investido para a recuperação da rodovia seria de R$ 47 milhões.

“O DNIT informa que o segmento da BR-174/AM, que corta a reserva indígena, está coberto por contrato emergencial para recuperação dos pontos críticos. A extensão do trecho da reserva é de 47 quilômetros. Ao todo, serão recuperados aproximadamente 19 quilômetros de pontos críticos, com a execução de reciclagem e novo revestimento asfáltico.

Os serviços iniciaram neste mês de janeiro. Entretanto, o volume intenso de chuvas tem atrasado a execução dos serviços, mas a empresa encontra-se mobilizada para dar continuidade assim que as condições climáticas forem favoráveis. O valor a ser investido é de R$ 47 milhões”.

O portal Amazônia Press entrou em contato novamente com o DNIT em busca de mais esclarecimentos, mas até o momento da publicação da matéria não obtivemos resposta.

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