Foto: divulgação

Elaine Benayon ganhou projeção entre membros da OAB mas não obteve os votos necessários para estar na lista sêxtupla que deverá escolher uma vaga para o STJ

Mesmo fora da disputa final por uma vaga no Superior Tribunal de Justiça (STJ), Elaine Benayon já pode ser considerada um dos nomes mais bem sucedidos do Norte do Brasil nesse processo eleitoral. Na eleição desta segunda-feira, dia 19, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com sede em Brasília, escolheu, por meio votação entre os conselheiros federais da OAB, seis nomes para seguirem em busca da vaga destinada ao quinto constitucional. “Chegar até aqui é uma vitória muito importante, profissionalmente. Recebi muitos apoios, ganhei novas amizades e parcerias que, de minha parte, serão duradouras. Não é um processo simples, mas enfrentei com muita força e honra. Como mulher, sinto que posso conceder mais voz para a classe de advogadas da OAB, isso me deixa cada vez mais honrada”, disse Elaine após divulgação dos resultados.

Elaine Benayon ganhou destaque nas últimas semanas por ser a única candidata mulher do Norte do país, que, se escolhida após montagem da lista tríplice, encerraria a exclusão histórica de mulheres e nortistas das cadeiras ocupantes do STJ. Atualmente, somente um amazonense ocupa cargo de ministro no STJ, o ministro Mauro Campbell.

Identificada como a candidata da Amazônia, Elaine Benayon fez uma campanha estratégica junto aos conselheiros federais de todo o país, que tinham poder de influenciar o voto nas bancadas de cada estado brasileiro, tendo recebido apoios significativos, como nome proposto, por exemplo, pela tradicional Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), que soma 37 anos de atuação no país e reúne mulheres advogadas brasileira imbuídas na conquista de espaços importantes para as mulheres em instituições jurídicas.

Durante o processo eleitoral, a ABMCJ afirmou que Elaine era a candidata das mulheres advogadas brasileiras e busca, fato documentado em ofício enviado às conselheiras federais (68 mulheres de um total de 81 conselheiros, portanto, a maioria) assegurar a democracia “para que os objetivos constitucionais sejam alcançados, e, dentre eles, sobressai o da não discriminação em razão do gênero. A sua escolha (de Elaine Benayon) engrandecerá, e muito, o sistema de justiça”, destaca o ofício.

A advogada recebeu apoio formal de estados em todas as regiões brasileiras e cresceu na preferência das bancadas visto que há a necessidade latente de escolher uma mulher para a vaga e, no caso de Elaine, ainda com uma correção histórica de eleger a primeira ministra do STJ vinda da Amazônia, na história brasileira. Vale ressaltar que, atualmente, no STJ, as mulheres ocupam apenas seis das 33 cadeiras. 

QUEM É ELAINE BENAYON?

Dra. Elaine Bezerra de Queiroz Benayon é amazonense, nascida em Manaus no dia 18 de maio de 1976, Mestra em Direito pela Universidade La Salle – UNILASALLE de Canoas (2022), Especialista em Direito Civil e Processual Civil pela Universidade Cândido Mendes – UCAM (2002) e Graduada em Direito pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas – CIESA (1999). Professora universitária por 18 (dezoito) anos junto ao Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas – CIESA. Foi docente da pós-graduação em Direito de Família e das Sucessões da Escola Superior da Advocacia – ESA no Amazonas e mediadora formada pelo INSTITUT UNIVERSITAIRE KURT BOSCH na Argentina. Atuou como Coordenadora do Núcleo de Trabalho de Curso e de Atividades Complementares do Curso de Direito do CIESA de 2007 a 2011 e como Orientadora de Trabalho de Curso e como docente do componente curricular Direito Civil III (Direito de Família e das Sucessões) e Estágio Supervisionado I – Prática Civil do IES até fevereiro de 2018.  A advocacia sempre foi sua profissão de vida, cujo ministério é desempenhado há mais de 23 anos de forma incansável, destemida, independente, com dignidade e boa-fé.