O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) apontou indícios de irregularidades na gestão financeira e econômica da campanha da ex-candidata a deputada federal, Adriana Mendonça (PROS), durante a análise da prestação de contas e determinou algumas diligências.
Adriana é ex-mulher do ex-vice-governador do Amazonas, Henrique Oliveira (Podemos), e foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) no fim de novembro. Ela recebeu R$ 3 milhões de Fundo Eleitoral.
Ao TRE-AM, a ex-candidata informou que pagou R$ 35 mil no aluguel de um imóvel localizado na Rua Tararé, no bairro Armando Mendes, zona leste de Manaus, por apenas 20 dias. Para o analista de contas, o valor pode estar em desacordo com valor de mercado.
Em decisão da última quarta-feira (14), o relator das contas, desembargador Marcelo Manuel da Costa Vieira, destacou que o “valor considerável” foi pago “para apenas 20 (vinte) dias de aluguel de um imóvel localizado em área não tão valorizada desta capital”.
O desembargador autorizou a realização de diligências por autoridade judicial para obstar tais irregularidades. “Determino a expedição de Mandado de Constatação e Avaliação do imóvel em questão, com autorização para que o oficial de Justiça adentre no imóvel para avaliar os detalhes da sua construção”, diz a decisão.
A reportagem não conseguiu contato com Adriana, mas o espaço segue aberto para esclarecimentos.
Operação Amor Fantasma
A Polícia Federal no Amazonas deflagrou, em 30 de novembro, a Operação Amor Fantasma, destinada à repressão de possível crime de caixa 2 eleitoral. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Manaus.
Entre os investigados estavam Henrique Oliveira, sua ex-esposa, Adriana Mendonça e três empresas (que possuem um mesmo sócio em comum). Segundo a PF, Adriana repassou cerca de R$ 1,5 milhão para três empresas que possuem o mesmo dono.
com informações do Amazonas1*