O depoimento de oito testemunhas, sendo cinco arroladas pela acusação e três pela defesa, marcou o primeiro dia do julgamento dos o réus Gelson Lima Carnaúba, vulgo “Mano G”, Marcos Paulo da Cruz e Francisco Álvaro Pereira, ainda na manhã da última segunda-feira (26).
Eles são acusados de envolvimento no massacre que aconteceu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em 2002, que resultou na morte de 11 detentos e um agente penitenciário. Carnaúba é considerado um dos mandantes.
O julgamento ocorreu no Plenário do Júri do Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, zona sul, sendo presidida pelo juiz Rosberg de Souza Crozara.
Os réus já tiveram um julgamento, realizado em abril de 2011, no qual foram condenados a mais de 100 anos cada um, que acabou sendo anulado pela 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e também pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por quebra da incomunicabilidade dos jurados.
Foram ouvidas mais três testemunhas da acusação e, na sequência, as três de defesa. A primeira testemunha arrolada pela defesa foi o interno do Compaj Edilson Gomes da Silva, que começou a ser ouvido às 16h32 e reconheceu os acusados tanto por vídeo quanto no plenário.
O mesmo disse que “nunca ouviu” falar que Gelson Carnaúba seria líder ou o “xerife” dentro da unidade prisional. Ele garantiu ter visto pessoas com capuzes no interior do presídio no dia das mortes. O depoimento durou até 17h26. As outras duas testemunhas da defesa também eram internos de unidades prisionais.