Um projeto concebido para preparar cantores locais para o show business foi além do previsto. Iniciativa do Grupo Pactum, o Laboratório Musical – Talent Show, idealizado pela cantora e produtora cultural, Jôci Carvalho, fomentou workshops de qualificação, produziu e gravou um álbum com singles inéditos dos cantores Alex Alencar, Bella Queiroz, Dinho Rodrigues e Nay Silva. Agora o projeto desponta como novo selo no mercado musical amazonense.
O projeto foi contemplado pelo Programa Cultura Criativa – 2020/Lei Aldir Blanc – “Prêmio Feliciano Lana”, do governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, com apoio do governo federal pelo Ministério do Turismo e a Secretaria Especial da Cultura.
O projeto ainda traz nomes de peso como Kid Mahall, na direção geral e Leonardo Oliveira na produção musical. “Alex Alencar, Bella Queiroz, Dinho Rodrigues e Nay Silva, os selecionados para os singles, passaram por fases que iam de preparação vocal à marketing pessoal, capacitação e noções de técnicas de estúdio e apresentações ao vivo”, explica Jôci Carvalho.
“O Talent Show nos deu a possibilidade de mostrarmos nossa capacidade técnica e com isso veio a conquista do selo e parceria firmada com a SOCINPRO e CDBaby. Agora, vamos contribuir ainda mais com a produção autoral do Estado, monetizando os fonogramas para que os envolvidos possam receber seus direitos autorais. O Laboratório proporcionou a nós a chance de vermos de que forma a gente pode envolver o artista e fazer com que ele se veja como um produto de qualidade em um mercado promissor e passe a ocupar um lugar na prateleira profissional. Ainda é o início, mas vemos como algo muito positivo”, disse a produtora.
O experiente jornalista, ator, produtor Kid Mahall, foi o responsável pelo módulo de capacitação no projeto. Mahall resume sua participação no projeto como uma missão que tinha o objetivo de apresentar aos artistas amazonenses um direcionamento para o gerenciamento de carreira e relacionamento com a comunidade artística, a imprensa e a sociedade em geral.
“Tenho a compreensão que o Amazonas é um verdadeiro celeiro de talentos. O que estamos objetivando é a potencialização deste talento, tanto no artístico, quanto no empreendedorismo. O nosso produto cultural é da melhor qualidade”, salientou.
Mahall continuou. “Minha função no projeto era, ao utilizar minha experiência de ator e jornalista, produtor e diretor teatral e de eventos, colaborar com o crescimento artístico e cultural do Estado do Amazonas e o resultado foi além do esperado”, comentou o produtor.
Produção e compartilhamento de experiências
O produtor musical Léo Oliveira, experiente em produção e como músico em projetos de bandas gospel e de baile, viu o projeto como uma forma de compartilhamento de experiências. Para ele, isso fez valer o esforço iniciado em sua própria busca pela capacitação e crescimento profissional. Segundo ele, a hora é de colher esses frutos.
“Com a pandemia precisamos nos reinventar. Já trabalhava com produções próprias, voltadas ao mercado gospel e no período de isolamento houve a necessidade de me capacitar e reinventar no mercado de produção musical. Com essa capacitação, veio o convite para participar como produtor musical do projeto e o que me foi ensinado passei a usar no laboratório. Assim como aconteceu comigo, era a hora desses artistas, já experientes, ganharem um up nas suas carreiras. A proposta do projeto abrangia tudo isso”, disse.
“Conseguimos produzir e gravar os singles que originaram o Volume I e com isso, artistas tiveram a sua primeira chance de serem produzidos e gravados de forma profissional. A criação do selo é uma continuidade da proposta inicial do projeto, ainda que não fosse uma questão prioritária”, comentou Oliveira.
Preparação vocal
Preparadora vocal do projeto Talent Show, Fernanda Sena acompanhou todas as fases sabendo que no final, a principal arma dos artistas musicais é sempre a voz, destacando aí a importância do preparo. “Hoje está acontecendo algo que não era visto há muitos anos. Um processo de nível internacional e nacional. Em grandes centros, onde a produção musical é pujante, antes de qualquer projeto de produção e gravação musical, as partes se sentam e discutem, desde aspectos familiares e se os gostos musicais casam com as habilidades do artista. Meu trabalho como preparadora vocal é importante para que o artista seja bem sucedido na sua escolha. No Lab, prestei auxílio para os artistas compreenderem-se no contexto artístico, para definirem seu estilo, a ‘vibe’, como identificar e atingir o público alvo”, ressaltou Fernanda.
“Existem muitos projetos que deram muito certo, mas que vieram de artistas que trouxeram uma boa música que não casava com a sua ‘vibe’. O papel do selo, gravadora, foi trabalhar esse artista, personalizar da imagem à preparação vocal, por entenderem que esse artista trazia boas músicas. Também são vários os casos de bons cantores que não combinavam com as músicas propostas, identificar esses pontos foi uma das minhas atribuições e será a do selo”, finalizou a preparadora vocal.
“Como balanço geral temos certeza que atingimos nossos objetivos e agora é só finalizarmos com chave de ouro através do Webshow de lançamento que será anunciado em breve”, revela Jôci Carvalho.
Fonte: Portal da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.