Taxa de juros elevada pode atrapalhar desempenho econômico

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Banco Central anunciou nesta quarta-feira (22), por meio do Comitê de Política Monetária (Copom), o aumento de mais 1 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic). Com o aumento, que é o quinto consecutivo, a Selic passa de 5,25% para 6,25% ao ano e se torna o maior aumento feito pelo BC em cerca de 20 anos. A expectativa do mercado é que a taxa continue avançando nos próximos meses e atinja 8,25% ao ano. Diante disso, a retomada econômica em 2022 no país pode ser adiada ou ter um processo mais lento.

A taxa vem subindo constantemente desde março deste ano, quando saiu de 2,75% para os 6,25% registrados nesta quarta-feira. A Selic serve de piso para os juros de todos os empréstimos e investimentos de renda fixa do país, a sua função é moderar a inflação: quando os preços estão subindo muito, o Copom aumenta os juros, o que encarece o crédito, desestimula o consumo e, por consequência, ajuda os preços a voltarem a baixar.

O Copom considera que, no atual estágio do ciclo de elevação de juros, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante e, simultaneamente, permitir que o Comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques. Neste momento, o cenário básico e o balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário avance no território contracionista.

com informações do BC*