BRASÍLIA, DF (UOL/FOLHAPRESS) – A rainha Margarida 2ª da Dinamarca anunciou neste domingo (31) sua abdicação em um pronunciamento de TV e disse que deve deixar o trono em janeiro do ano que vem.

“Decidi que agora é o momento certo”, disse a monarca. No pronunciamento, ela agradeceu ao apoio dos diferentes governos e do parlamento dinamarquês ao longo dos anos.

Rainha deixa o trono no próximo dia 14. Ela está no cargo há 52 anos. O príncipe Frederico, seu filho, assumirá a função.

Margarida 2ª passou por cirurgia nas costas em 2023. Segundo ela, procedimento foi decisivo para que repensasse o futuro e decidisse deixar o cargo.

Margarida 2ª tirou títulos de netos para “o próprio bem” dos herdeiros. Tomada em outubro de 2022, a decisão liberou os filhos do príncipe Joachim da rainha das obrigações com a coroa.

Segundo a rainha, a escolha foi “difícil”. Mas serviu para “proteger a monarquia do futuro”, ao diminuir o número de membros da realeza. À época, o príncipe Joachim disse que a mãe não conversou com ele sobre a decisão e disse que tinha uma relação ruim com o irmão, Frederico.

Nascida em 1940, ela é filha do rei Frederico IX -falecido em 1972- e da rainha Ingrid, morta em 2000. Sua mãe era princesa da Suécia antes de se casar com Frederico 9º.

Margarida 2ª foi a primeira rainha da Dinamarca em mais de 500 anos. Antes dela, Margarida 1ª tinha ocupado o cargo entre 1375 e 1412.

Marido da rainha morreu em 2018. O príncipe Henrique nasceu em 1934 na França e se casou com Margarida 2ª em 1967.

Rainha tem duas irmãs. A princesa Benedita nasceu em 1944. Já Ana-Maria é de 1946 e se casou em 1964 com o rei Constantino 2º da Grécia, país do qual foi rainha consorte até 1973 (quando a monarquia grega foi abolida).

“O apoio e a assistência que recebi ao longo dos anos foram decisivos para que eu pudesse cumprir a minha tarefa. Espero que o novo casal real seja recebido com a mesma confiança e carinho que recebi”, disse Margarida 2ª.