Fotos - Divulgação / Semsa

Prefeitura de Manaus reforça a necessidade de manter os cuidados contra a Covid-19 como forma de também impedir a disseminação das variantes das síndromes gripais. Embora circulem ao longo do ano, os vírus da influenza, adenovírus, rinovírus e vírus sincicial respiratório costumam ter sua transmissão acelerada no período chuvoso.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), extraídos da plataforma e-SUS, indicam que entre os meses de outubro e dezembro de 2021 foram registrados 17.074 atendimentos relacionados a sintomas de influenza, na rede pública municipal de saúde. Embora esses dados não revelem os subtipos do vírus influenza, que tem uma forte capacidade de mutação, servem de parâmetro para enfatizar que os cuidados pessoais devem continuar.

O subsecretário municipal de Gestão da Saúde, Djalma Coelho, explica que as variantes da influenza H1N1, H3N2, da Covid-19 e outros estão circulando nos ambientes e quando as infecções causadas por eles estão no estágio inicial, apresentam os mesmos sintomas: febre alta, tosse seca, dor na garganta, dor no corpo e nas articulações.

“Por isso reforçamos que os cuidados devem ser mantidos: evitar aglomerações, fazer uso de máscara, lavar as mãos com água e sabão e fazer uso de álcool em gel. Ao perceber que está acometida com uma síndrome gripal, a pessoa precisa evitar levar as mãos aos olhos e às mucosas. São cuidados básicos preventivos que já estão incorporados à rotina de muitas pessoas”, reforça.

Djalma salienta que os cuidados para evitar a influenza devem ser reforçados para as mesmas populações consideradas mais vulneráveis à Covid-19, para evitar os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), um quadro que às vezes requer internação e até UTI. “No caso da H3N2, é preciso redobrar a proteção às crianças, para evitar que o quadro se agrave”, observa.

Procedimentos

Ao sentir os sintomas de gripe, o usuário deve se dirigir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), para receber atendimento médico.  “O papel da UBS, como porta de entrada do Sistema Único de Saúde é de atender esses casos leves, fazer a orientação, o monitoramento, e quando o usuário perceber qualquer tipo de piora dos sintomas deve retornar, para que seja realizado o encaminhamento para unidades de média ou alta complexidade”, detalha o secretário. 

De acordo com ele, os testes de antígeno para Covid-19 estão sendo realizados em 51 UBSs, que podem ser conferidas no link  https://bit.ly/ubscovidmanaus.

Já o teste de RT-PCR para influenza é realizado em unidades específicas, que são hospitais de controle epidemiológico que participam de um processo científico de coleta de dados, utilizados na fabricação da vacina para influenza. As amostras são coletadas para verificar a variante da influenza que está circulando. O material é enviado para os órgãos da Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que são responsáveis pela produção do imunizante a ser ofertado nas campanhas anuais.

Campanha

A campanha de vacinação contra a influenza é anual e em 2021 foi realizada no período de abril a novembro.  Conforme Isabel Hernandes, chefe da Divisão de Imunização da Semsa, a vacina é um imunizante preconizado somente para grupos específicos e cada município recebe a quantidade de doses para vacinar a população pertencente a esses grupos. Os grupos são: crianças, gestantes, trabalhadores da saúde, puérperas, idosos, indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiências permanentes, caminhoneiros, trabalhadores do transporte coletivo, trabalhadores portuários, forças de segurança e salvamento, Forças Armadas, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas e, em seguida, ampliada a toda a população.

“O PNI (Programa Nacional de Imunização) define os grupos, dando prioridade às pessoas que são mais suscetíveis a desenvolver as formas graves da influenza, e define como será feita a campanha de vacinação. Os municípios recebem as vacinas e executam a campanha, seguindo as determinações do Ministério da Saúde”, explica Hernandes, acrescentando que, passado o período de vacinação dos grupos prioritários, as doses restantes são oferecidas para a população em geral.

Este ano, o período de oferta livre para a população foi de julho a novembro, até o fim dos estoques. “Agora, vamos aguardar a chegada de novas doses para a campanha anual”, disse Isabel.

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Texto – Tânia Brandão / Semsa

Fotos – Divulgação / Semsa