A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSCMP) promoveu, durante dois sábados consecutivos, uma capacitação técnica para um grupo de 15 condutores de veículos do hospital. O curso com aulas teóricas e práticas ministradas pela equipe do Núcleo de Educação Permanente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Belém (Samu), buscou atualizar e aperfeiçoar os profissionais sobre técnicas de Atendimento Pré-Hospitalar (APH), explica a enfermeira, Patrícia Moutinho, uma das facilitadoras da capacitação, que há 20 anos tem experiência no serviço do Samu.
“Seja em uma ambulância simples ou em uma ambulância de suporte avançado o condutor tem papel definido pela legislação e, por isso, eles precisam entender que não estão apenas ali para conduzir o veículo, mas também para dar suporte para as equipes na abordagem às situações de emergência”, afirmou.
Durante o curso os condutores de ambulância da Santa Casa puderam trocar experiências sobre a vivência de práticas em APH, a fim de padronizar técnicas e aprimorar o atendimento de pacientes assistidos pela equipe da FSCMP, explicou o coordenador de serviços gerais da Santa Casa, Walter Gil Gomes.
“Esse curso é importante para atualização da equipe pois nos atualizou sobre a técnica correta para a prestação de socorro, quando necessário. Um exemplo foi o treinamento sobre a massagem cardíaca, onde todos os condutores foram orientados sobre a técnica correta para o adulto, para a criança e até no recém nascido, que é o nosso público maior aqui”, exemplificou o chefe do serviço.
No dia a dia, a capacitação vai possibilitar que os condutores de ambulância contribuam para o bom atendimento aos pacientes ou possíveis vítimas de acidentes assistidas pela equipe da Santa Casa de Misericórdia do Pará, garantindo a melhor estabilização possível e permitindo sua transferência adequada para um local de referência.
Situações, como algumas vividas pelo condutor Robson da Costa que há 14 anos trabalha no transporte de pacientes da Santa Casa, para o qual ele se sente agora melhor capacitado.
“O curso me deu mais segurança para lidar com situações do dia a dia, como quando uma gestante apresente algum problema e o técnico precise de meu apoio para a reanimação ou mesmo em um acidente de trânsito. Hoje em dia nós somos mais que condutores, nós somos socorristas, nós fazemos parte da equipe de saúde que está na ambulância auxiliando o enfermeiro, o médico e o técnico”, resume Robson.
Na parte teórica, o curso abordou temas como o papel do condutor de veículo de emergência e a ambientação das viaturas. Já na parte prática houve treinamento sobre reanimação cardiopulmonar, posicionamento de vias aéreas e o papel do condutor de emergência.
O treinamento está baseado nas diretrizes da Portaria 2.048 de 05/11/2002 do Ministério da Saúde que se refere ao atendimento pré-hospitalar (APH), que é o atendimento emergencial em ambiente extra-hospitalar, como por exemplo a remoção de pacientes.
*Texto de Etiene Andrade (Ascom – Santa Casa)
