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O Festival de Cannes terá nesta quinta-feira (18) um de seus grandes momentos com a estreia do quinto filme da saga Indiana Jones, personagem que o astro Harrison Ford interpreta pela última vez.

“Indiana Jones e a Relíquia do Destino” será exibido fora de competição em Cannes.
Aos 80 anos, Ford retorna ao personagem, com direito ao chapéu emblemático, sob a direção de James Mangold, (“Johnny & June”, “Ford vs Ferrari”).

Ford e Disney, estúdio que comprou os direitos da saga Indiana Jones, garantem que este é o último filme da saga.
Os primeiros quatro filmes foram dirigidos por Steven Spielberg, que compareceu a Cannes para a exibição em 2008 de “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”.

A nova produção é ambientada no fim dos anos 1960, mas os roteiristas incluíram um “flashback” que exigiu o uso de inteligência artificial para “rejuvenescer” o rosto de Ford para várias cenas, em mais um exemplo das mudanças recentes no setor audiovisual.
O espanhol Antonio Banderas, a britânica Phoebe Waller-Bridge e o dinamarquês Mads Mikkelsen estão no elenco da megaprodução, rodada em vários países, incluindo o Marrocos.- Documentário de 3 horas e 40 minutos –

Cannes costuma alternar os grandes momentos hollywoodianos com propostas mais profundas. E nesta quinta-feira a missão será representada pelo documentário “Youth Spring”, de 3 horas e 40 minutos de duração, do chinês Wang Bing.
Bing é um diretor que leva o tempo que considera necessário (cinco anos desta vez) para registrar um testemunho em filme das profundas mudanças sociais que seu país vive sob o governo rigoroso do regime comunista.

Em “Youth Spring”, o cineasta acompanha com sua câmera os milhões de jovens que abandonam seus vilarejos no interior do país para trabalhar em fábricas têxteis de cidades como Xangai.
Filmadas de forma discreta, às vezes até clandestinamente, as obras de Bing já foram premiadas em diversos eventos, como os festivais de Veneza ou de Locarno.

Um dos destaques de sua filmografia é “The Ditch” (“A Vala”, 2010), que denuncia os campos de trabalhos forçados para prisioneiros políticos no deserto de Gobi, nos anos 1960, sob o regime de terror de Mao Tsé-Tung. O diretor chinês apresentará outro documentário em Cannes, “Man in black”, filmado em um teatro de Paris e com apenas um personagem, o compositor exilado Wang Xilin.

Outro aspirante à Palma de Ouro, o alemão Wim Wenders, também apresenta dois filmes em Cannes: um longa-metragem de ficção, “Perfect Days”, na mostra oficial, e “Anselm”, um documentário sobre o artista Anselm Kiefer.

Também nesta quinta-feira, o francês Jean-Stéphane Sauvaire exibe na mostra competitiva “Black Flies”, um thriller que acompanha os passos de Sean Penn yeTye Sheridan, que interpretam dois médicos que enfrentam a violência nas ruas de Nova York. O astro do boxe Mike Tyson também está no elenco.
The Walt Disney Company

Jornal Estado de Minas