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A Imperatriz Leopoldinense, com a Saga de Lampião, é a grande campeã do carnaval carioca 2023. A história popular do Nordeste encantou a Marquês de Sapucaí.

Com o enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou como má querência e o santíssimo não deu guarida”, a escola do bairro de Ramos, onde fica o Complexo do Alemão, na zona norte, conquistou seu nono título, depois de um jejum de 22 anos.

Sob o comando do jovem carnavalesco Leandro Vieira, já em seu terceiro título no grupo especial, a Império levou os cordéis nordestinos para contar a fábula de Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, que após a morte teria sido rejeitado no céu e no inferno.

A presidente executiva da Imperatriz, Cátia Drumond, destacou mudanças na gestão, a competência de seus integrantes e a chegada de Leandro Vieira como fundamentais para a escola ter voltado ao lugar mais alto do carnaval carioca.

Pitty de Menezes, o intérprete que carregou no gogó a saga de Lampião, agradeceu a oportunidade de conduzir o samba-enredo vencedor.

Mas a disputa foi apertada até as últimas notas. Por dois décimos, a Imperatriz garantiu a primeira colocação à frente da Unidos do Viradouro que contou a história de “Rosa Maria Egípciaca”, considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no país.

A Império Serrano, que retornou este ano à elite do carnaval, homenageando um baluarte da escola, o cantor e compositor Arlindo Cruz, ficou na última colocação e será novamente rebaixada.

E quem volta no ano que vem para a elite do Carnaval é a Porto da Pedra, campeã da Série Ouro. A escola de São Gonçalo, na região metropolitana, trouxe o enredo “A invenção da Amazônia”, inspirado em livro do escritor francês Julio Verne, que faz uma viagem pelas histórias amazônicas.

Além da campeã Imperatriz Leopoldinense e a vice-campeã, Unidos do Viradouro, voltam a desfilar neste sábado Vila Isabel, Beija-Flor, Mangueira e Grande Rio.

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