O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixa a Corte de Magistrados de Westminster, em Londres, em 13 de janeiro — Foto: Reuters/Simon Dawson

O governo britânico confirmou, nesta sexta-feira (17), que o fundador da plataforma WikiLeaks, Julian Assange, será extraditado para os Estados Unidos, onde é acusado de ter divulgado documentos confidenciais.

“Em virtude da lei de 2003 sobre a extradição, a ministra assinará uma ordem de extradição, se não houver motivo para proibi-la”, disse um porta-voz do Ministério do Interior, segundo a France Presse, confirmando que a ministra do Interior, Priti Patel, assinou o decreto de extradição de Assange, que tem 15 dias para apelar desta decisão.

O australiano de 50 anos, que nega qualquer irregularidade, está preso na penitenciária de segurança máxima Belmarsh, na Inglaterra, desde 2019. Antes disso esteve na embaixada do Equador em Londres por sete anos.

Em março, foi negada a possibilidade da defesa de Assange de recorrer ao pedido de extradição, faltando apenas a assinatura da ordem de extradição pela ministra Patel para que ele pudesse ser enviado aos EUA.

Os Estados Unidos buscam sua extradição para que ele seja julgado por 18 acusações relacionadas à divulgação de vastos registros militares e documentos diplomáticos confidenciais há mais de uma década. Nos EUA, ele pode enfrentar uma pena de 175 anos de prisão.

Em março, Assange se casou com sua parceira de longa data Stella Moris dentro da prisão de alta segurança no sudeste de Londres. A pequena cerimônia contou com a presença de quatro convidados: duas testemunhas oficiais e dois guardas.

Fonte: G1